Nova Diretoria da CNC toma posse em Brasília

A Diretoria e o Conselho Fiscal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, eleitos para o mandato de 2010-2014, tomaram posse na noite de 23 de novembro, em solenidade no Unique Palace, em Brasília. Participaram da mesa da cerimônia, ao lado do presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, os ministros do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que representou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do Turismo, Luiz Barretto; e da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas; o secretário do Desenvolvimento da Produção do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, Armando Meziat; os presidentes da CNT, Clésio Andrade; e da CNA, senadora Kátia Abreu, e o deputado Armando Monteiro Neto, ex-presidente da CNI, recém-eleito senador.

Em seu discurso, Oliveira Santos alertou as autoridades presentes para as causas que mais prejudicam o comércio, como a necessidade de revisão da alta incidência tributária, que, segundo ele, “deve ser avaliada pelo grau de afetação na competitividade da empresa nacional, no investimento privado e na geração de empregos”. O empresário foi muito aplaudido ao criticar a volta da CPMF. “Deixemos de lado as tentações de uso de bases heterodoxas, como a tributação da movimentação financeira. Não vamos achar que esses recursos sustentarão a Saúde”, disse Santos, que também chamou a atenção do ministro Gabas na questão da Previdência Social: “Os debates não devem privilegiar só o Regime Geral do INSS, mas igualmente o Regime Próprio do Servidor Público e as aposentadorias especiais”, afirmou. E, se referindo ao ministro do Trabalho, pediu também a revisão dos encargos trabalhistas, que pressionam o custo do trabalho e inviabilizam a competitividade do setor.

Por fim, o presidente da CNC declarou a meta da nova diretoria: “investimento econômico e social deve ser a nossa meta-síntese. Investindo, produzimos. Produzindo, geramos emprego e renda. Esse é o melhor caminho para se atender ao homem, meio e fim de toda e qualquer ação política”. E finalizou: “volto ao começo. O futuro é hoje, é agora. É certo que não podemos dirigir os ventos, mas é de nosso arbítrio ajustar as velas”.

No encerramento da solenidade, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse que fazia questão de abrir seu discurso fazendo uma revelação: “meu primeiro diploma na vida foi obtido ao final de um curso de datilógrafo no Senac. Tenho muito orgulho disso”, afirmou, sob muitos aplausos. Falando de improviso, Lupi destacou a importância estratégica do comércio para o equilíbrio econômico do País. “O setor é responsável por 15 milhões de empregos com carteira assinada”, enfatizou. Disse ainda que deve-se à pujança do segmento parcela significativa da solidez com a qual o Brasil enfrentou e saiu bem da crise financeira mundial em 2009.

O evento reuniu cerca de 400 convidados, entre autoridades do Congresso Nacional, dos Poderes Executivo e Judiciário, além de dirigentes do Sistema CNC-SESC-SENAC de todo o País, empresários e representantes do comércio de bens, serviços e turismo. A cerimônia também contou com a presença do ministro Marco Aurélio Mello, do STF.

Fonte:CNC