O diretor-superintendente do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Juarez Moraes e Silva, apresentou na reunião de diretoria da ACIAP desta semana o projeto de ampliação do Cais Leste, uma preparação para audiência pública para obtenção de licença ambiental que acontecerá no dia 14 de dezembro, às 18h30, no ginásio Joaquim Tramujas. O investimento de R$ 80 milhões vai aumentar a capacidade de movimentação da empresa em 50%, gerando mais mão-de-obra e contribuição ao município, por meio do Imposto Sobre Serviço (ISS), passando de R$ 9 milhões para R$ 15 milhões.
Silva estava acompanhado de Luiz Carlos Narok, gerente de Recursos Humanos e Ambiental da empresa, e fez uma apresentação breve do Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima), que está sendo analisado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Com o projeto será construído um caís de atracação (dolphin) de 315 metros de comprimento (totalizando 874, já que atualmente são 564 metros) e com 25 de largura. A obra será executada em quatro etapas, num prazo de 14 meses, e colocará o TCP como terceiro terminal do país (hoje está na quarta posição). A expectativa é que a licença ambiental saia até março de 2011, o que permitirá o início da construção.
O TCP vai adquirir mais dois portâneires, num investimento de R$ 35 milhões, e instalar mais 624 tomadas reefer (atualmente 2.500 estão em funcionamento). A obtenção da licença ambiental vai ajudar a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) na obtenção de liberação de dragagem emergencial de aprofundamento, já que o estudo abrange toda a área portuária e também prevê a questão indígena. Foi oferecido à autarquia estadual o compartilhamento das estruturas. O estudo foi doado à APPA, por termo de cooperação. O espaço entre o cais e a Ilha da Cotinga (a leste do porto) será de 380 metros, permitindo a passagem de três navios transatlânticos lado a lado.
O diretor do terminal explicou como será o funcionamento do novo cais. “Esse berço não está no contrato do TCP, ele é público. Não terá exclusividade e preferência. Investimos porque acreditamos no porto. Ele pode operar também veículos e com navios de passageiros”, comentou. O projeto é igual à estrutura já construída no TCP, segundo Juarez Moraes e Silva, com um dique e estacas fincadas no solo para calado de até 16 metros de profundidade. Toda essa estrutura servirá de viveiro para animais marinhos.
O estudo teve a participação de 52 técnicos, de diversas áreas, e durou um ano. O presidente da ACIAP, Yahia Hamud, falou da importância de membros da entidade se mobilizarem para participar da audiência pública. “O TCP é motivo de orgulho a todos os parnanguaras, por carregar o nome da cidade, por gerar emprego e renda, e por atuar com excelência ambiental e não agredir o meio ambiente, assim como pela modelar empresa cidadã que é. Oxalá tenhamos um dia várias empresas como o TCP em Paranaguá.” Outros diretores se manifestaram sobre as questões relacionadas à licença ambiental e apoiaram a atuação da empresa.
Fonte:Aciap