Brasília – O setor público consolidado, formado pelos governos federal, estaduais e municipais, registrou superávit primário – economia feita para o pagamento de juros da dívida – de R$ 9,738 bilhões, em outubro, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (30). Esse resultado já exclui o grupo Eletrobras do cálculo, com revisão da série histórica desde dezembro de 2001.
No mesmo mês de 2009, o esforço foi maior: R$ 13,763 bilhões. O Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência) contribuiu com R$ 7,233 bilhões. Os governos estaduais apresentaram superávit primário de R$ 2,048 bilhões, enquanto os municipais ficaram com R$ 466 milhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram déficit primário de R$ 9 milhões.
O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal, que teve déficit de R$ 6,366 bilhões. O pagamento de juros no mês passado ficou em R$ 16,105 bilhões.
De janeiro a outubro, o superávit primário ficou em R$ 86,677 bilhões, o que representa 2,99% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. No mesmo período de 2009, o resultado primário foi de R$ 52,339 bilhões ou 2,04% do PIB.
Em 12 meses encerrados no mês passado, o superávit primário é de R$ 99,106 bilhões, correspondentes a 2,85% do PIB. Com a exclusão do grupo Eletrobras, a nova meta do governo para este ano passa a ser 3,1% e não mais 3,3% do PIB.
No acumulado deste ano até outubro, o pagamento de juros somou R$ 157,309 bilhões. A relação entre esse resultado e o PIB ficou em 5,42%. Em 12 meses encerrados no mês passado, o pagamento de juros somou R$ 186,950 bilhões (5,37% do PIB).
O déficit nominal ficou em R$ 70,632 bilhões no período de janeiro a outubro do ano passado. Esse valor representou 2,44% do PIB. Em 12 meses encerrados em outubro, o déficit nominal ficou em R$ 87,845 bilhões (2,52% do PIB).
Fonte: Agência Brasil