Inovação é um dos pilares da competitividade

Brasília – A inovação é o grande motor da produtividade e da competitividade. Por isso, está no centro da agenda de política industrial dos países desenvolvidos. Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a inovação também deve ser prioridade para as empresas brasileiras.

Os desafios que o Brasil precisa vencer para aumentar o número de empresas inovadoras e ganhar competitividade estão entre os temas que serão discutidos durante o 5º Encontro Nacional da Indústria, no dias 1º e 2 de dezembro, no Transamérica Expor Center, em São Paulo. Os mais de 2 mil líderes empresariais que participarão do evento consolidarão a agenda que a indústria apresentará ao governo da presidente eleita Dilma Rousseff.

“A inovação tem que estar no centro das estratégias das empresas. É preciso criar uma ação sinérgica envolvendo o setor público e a iniciativa privada e ser uma prioridade da sociedade brasileira, tanto pela importância que a inovação tem quanto pelo alcance que isso representa para a competitividade das empresas”, defende o diretor de Operações da CNI, Rafael Lucchesi.

O grande desafio do país é transformar a inovação em tema cotidiano de um universo expressivo de empresas, destaca o documento A Indústria e o Brasil: uma agenda para crescer mais e melhor, que orientará as discussões do Encontro. Conforme o documento, entregue aos candidatos à Presidência da República em maio deste ano, o número de empresas que dizem ter introduzido algum produto ou processo novo, entre os anos de 2003 e 2005, ainda é pequeno. Equivale a 33,4% do total e é muito baixo em relação ao dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). As maiores dificuldades para inovar apontadas pelas empresas brasileiras são os custos elevados, o risco econômico e a escassez de fontes de financiamento.

Por isso, de acordo com a CNI, é necessário ampliar a estrutura de apoio às empresas que querem inovar, oferecer consultorias e medir resultados. A indústria propõe ainda a revisão do sistema de incentivos fiscais à inovação e dos gastos com pesquisa e desenvolvimento do setor privado. Para a CNI, é preciso que um número maior de empresas possa ter acesso a esses incentivos por meio, por exemplo, da ampliação da Lei do Bem.

“Certamente há muito para que ser feito nos próximos quatro anos e isso estará no centro da nossa interlocução com o governo como prioridade da indústria, como prioridade do Brasil”, afirma Lucchesi.

Além da inovação, os participantes do 5º Encontro Nacional da Indústria debaterão os obstáculos e as propostas para as áreas de segurança jurídica, macroeconomia, tributação e gasto público, financiamento, infraestrutura, comércio exterior, relações do trabalho, educação, meio ambiente, burocracia e micros e pequenas empresas.

Fonte: CNI