Pessuti vê na COP-16 soluções ambientais de outros países e destaca programas do Paraná

 

Pessuti participa das conferências na COP 16 em Cancún, no México. Foto COP 16

O governador Orlando Pessuti – que está participando em Cancún, no México, da 16.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 16) – acrescentou aos seus compromissos neste fim de semana uma visita aos estandes no pavilhão onde estão sendo apresentadas soluções ambientais de países como Brasil, México, Estados Unidos, Equador, Venezuela e Dinamarca.

Depois, participou de um evento com estudantes do México, uma reunião paralela visando soluções específicas para o país que recebe a Conferência. Durante os encontros, o governador tem relatado programas do Paraná como o que garante 64 unidades de conservação ambiental: cerca de 1,1 milhão de hectares de áreas preservadas no Estado.

Tem apontado também programas como o Mata Ciliar, que já garantiu o plantio 100 milhões de árvores às margens de rios e mananciais. Segundo Pessuti, o programa Desperdício Zero, que está reduzindo em 30% o volume de resíduos encaminhados aos aterros sanitários, eliminando lixões a céu aberto do Paraná, é outro destaque.

O governador relata também a preocupação do governo do Estado com a agroecologia. “O Paraná é referência na produção de alimentos sem agrotóxicos”, enfatiza. Além disso, lembra, o Paraná reforça ações para estimular a reciclagem ou reaproveitamento de resíduos.

ESPAÇO BRASIL – Um dos primeiros compromissos do governador na COP 16 foi a participação em reuniões no Espaço Brasil, onde esteve com o diplomata brasileiro Paulo Ming e delegados da comitiva paranaense. O governador afirmou que o Paraná tem a preocupação básica de bem conciliar desenvolvimento econômico com atenção ao meio ambiente.

No estande brasileiro, é apresentada a Usina Virtual, ferramenta multimídia interativa que mostra todas as etapas da produção de açúcar e etanol – setor em que o Paraná é destaque no Brasil -, desde o plantio da cana até a entrega dos produtos finais.

PARTIDA FINAL – Os participantes do Brasil na COP apontam que sociedade assinalou a “partida final” após um ano de negociações em busca de acordo internacional contra o aquecimento global, e lembram que a reunião deve alcançar compromissos.

“De alguma maneira causa surpresa ter alguns países ainda voltando a posições antigas, sem se darem conta de que estamos em Cancún, na partida final, e precisamos de compromissos”, afirmou o chefe da delegação brasileira em Cancún, Luiz Alberto Figueiredo.

Em plena negociação de um processo, surgiram diferenças entre países que defendem uma segunda fase do Protocolo de Kioto, como os da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), e outros que não acham necessário aperfeiçoar o tratado, sob a liderança do Japão.

“Os países da Alba se queixam de terem avançado em algumas de suas posições em Copenhague, e esperavam o mesmo de outras partes”, disse Figueiredo.

A postura da Alba é compartilhada tanto pelos africanos como pela Aliança de Pequenos Estados Insulares (Aosis), enquanto Rússia e Canadá concordam com o Japão.

“Para nossa consternação, estas questões seguem e, inclusive, parecem ser mais fortes em Cancún do que foram ao longo do processo preparatório deste ano”, disse o representante brasileiro, que apesar disso se mostrou otimista quanto a chegar a um resultado positivo na conferência climática. “Ainda temos a segunda semana. Espero que a qualidade do diálogo seja muito melhor no final da nova semana”, afirmou.

EFEITO ESTUFA – Nesta segunda-feira (6), haverá um seminário sobre alternativas para reduzir a emissão dos gases causadores de efeito estufa gerados pelos transportes em países emergentes.

O Paraná está no programa do dia com uma palestra com representantes da Hidrelétrica de Itaipu. Vão abordar o programa “Cultivando Água Boa – Um novo modo de ser para a sustentabilidade”, realizado em parceria com o governo do Estado.

Fonte: AENotícias