Confederação Nacional da Indústria participa da Conferência do Clima (COP-16)

Brasil já é referência mundial na atuação industrial em relação às mudanças climáticas

Cancún, México – A indústria brasileira vai mostrar ao mundo nesta terça-feira, 7 de dezembro, na 16ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), em Cancún, no México, as práticas já adotadas no Brasil para a redução de emissões de gases do efeito estufa e ações de mitigação, de financiamento, de tecnologia e adaptação. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) , em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), promoverá um evento paralelo às discussões oficiais para divulgar as ações empresariais e governamentais em busca de uma economia de baixo carbono.

Uma das questões principais é o financiamento. Enquanto na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) o tema financiamento não evolui, o Brasil regulamentou em outubro o Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima, sancionado no final de 2009. “O financiamento a ações de mitigação, de adaptação e a programas que incentivem as empresas a emitir cada vez menos gases do efeito estufa é importantíssimo”, disse Heloisa Menezes, diretora de Relações Institucionais da CNI, que integra a delegação empresarial brasileira no México.

“A expectativa é que se avancem nos diálogos a respeito de financiamentos, na constituição de um fundo internacional que possa subsidiar e financiar iniciativas principalmente em países em desenvolvimento. E que, paralelamente, isso incentive o Brasil a regulamentar o que já foi criado, que é exemplo para o mundo”, explicou Heloisa.

Indiretamente, o fundo brasileiro poderá ser auxiliado pela criação de mecanismo internacional semelhante, uma vez que uma das fontes de financiamento dele poderá ser justamente a contraparte internacional. O Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima, que terá a participação de membros da CNI no comitê gestor, tem como fonte principal de recursos os lucros vindos da exploração de petróleo. O orçamento inicial dele é de R$ 226 milhões.

Carlos Mariani, diretor da CNI, lembrou que o Brasil já é referência mundial na atuação industrial em relação às mudanças climáticas. “O país se diferencia mundialmente e tem como meta não só continuar atuando nesses princípios já estabelecidos, mas dialogar para aprofundar os compromissos. A CNI tem atuado já há algum tempo muito além do setor industrial”, ressaltou Mariani.

O evento Em Direção a uma Economia de Baixo Carbono: as Contribuições da Indústria Brasileira no Combate às Mudanças Climáticas contará com a presença da senadora Kátia Abreu, presidente da CNA, de Carlos Mariani e Heloisa Menezes, da CNI, de Olavo Machado, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), de Marcos Jank, da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), e Elizabeth Carvalhaes, presidente da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Além deles, estarão presentes Jorge Sotto, da Braskem, e Erlon Rodrigues, da Fiat Powert Trains.

Fonte: CNI