
O uso racional de antibióticos e a notificação obrigatória de casos de bactérias multirresistentes foram assuntos discutidos nesta terça-feira (22) em Audiência Pública promovida pela Secretaria estadual da Saúde, em Curitiba. Participaram da discussão representantes das comissões de infecção hospitalar dos principais hospitais do Paraná, das regionais de saúde, dos municípios e de entidades médicas e de enfermagem. Foto:SESA
Recentemente uma norma técnica foi publicada pela Secretaria da Saúde para nortear ações de controle das bactérias multirresistentes no Estado – inclusive com a implantação da notificação obrigatória de casos. O assunto também esteve em evidência no mês de janeiro, quando UTIs de hospitais do Paraná precisaram ser interditadas.
Além da participação presencial, a audiência foi transmitida pela internet, através do site da Escola de Saúde Pública do Paraná. “O resultado da audiência foi positivo. Tivemos muitas participações pela internet de hospitais do interior que ainda tinham dúvidas quanto à aplicação da norma técnica”, enfatizou Santana.
Em primeira instância a norma é orientativa, mas se houver o descumprimento da norma pode ser considerada infração sanitária. “Reforçamos as medidas de controle de infecção hospitalar, tais como lavagem de mãos, racionalização do uso de antibióticos, monitoramento laboratorial e educação em saúde dos profissionais”, explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
Outro assunto debatido na audiência foi o uso racional de antibióticos. “No mundo inteiro, os serviços de saúde vêm identificando um aumento progressivo na frequência de bactérias multirresistentes. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) sugeriu a todos os países que elaborem um plano de enfrentamento e resposta para vigilância e controle destas bactérias”, explicou o chefe do departamento de Vigilância Sanitária, Paulo Santana.
O diretor adjunto da Anvisa, Luiz Armando Erthal, disse que a Agência se preocupa muito com o tema. “Tanto que no ano passado publicou uma resolução que exige a retenção de uma via da receita médica no momento da compra de antibióticos”, afirmou.