As autoridades japonesas pedem para que as capas de vinil e as máscaras não sejam reutilizadas e que, ao chegar em casa, as pessoas joguem esses materiais no lixo. Os moradores de Fukusima também estão sendo instruídos a não usar sistemas de ventilação com aparelhos de ar-condicionado, que traz ar do exterior para o interior das casas, segundo Sato.
O governo japonês prepara uma espécie de “política de apagão” de energia elétrica para a Região Norte do arquipélago, área mais afetada pelo terremoto e pelo tsunami que se seguiu, na sexta-feira (11). A informação foi passada à Agência Brasil pelo secretário da Embaixada do Brasil em Tóquio, Eduardo Souza, responsável pelos contatos com a imprensa.
Segundo ele, o anúncio foi feito hoje (13) à população pelo primeiro-ministro japonês, Naoto Kan. A ideia do governo nipônico é implantar uma escala de cortes de energia de três horas por dia nas cidades da Região Norte. Segundo o secretário do Itamaraty em Tóquio, o premiê ressaltou em seu pronunciamento à nação que as pessoas das cidades do Norte serão comunicadas antecipadamente sobre os blecautes.
O governo japonês também decidiu criar três comissões para lidar com a crise na qual o país mergulhou desde sexta-feira. Segundo Eduardo Souza, uma delas vai tratar exclusivamente no estudo dos problemas energéticos como a tentativa de controle das usinas nucleares da região afetada que ainda apresentam riscos de explosão.
Outra comissão tratará do ordenamento dos trabalhos de socorro às vítimas a serem desenvolvidos por organizações não governamentais (ONG) que já se ofereceram para ajudar o governo japonês. A terceira comissão vai estudar a situação da economia japonesa e as medidas que serão tomadas para minimizar ao máximo as consequências do terremoto para a indústria do país.
O secretário da embaixada brasileira no Japão informou que os últimos números oficiais divulgados às 6h30 (horário no Brasil) contabilizam 1.049 mortos, 1.712 feridos e 275 mil desabrigados.
Fonte: ABr