Entidades do setor produtivo também afirmaram não ter condições de medir, por ora, o tamanho do impacto da crise japonesa no Brasil. No entanto, em dois meses, as indústrias mais dependentes de peças e componentes japoneses, como a eletroeletrônica, deverão começar a ter problemas. “Ainda é cedo para dizer. Mas a nossa sensação é a de que, em 60 dias, teremos dificuldades. Pode até ter escassez de produtos ou aumento de preços. Mas ainda é precoçe afirmar. No entanto, o setor está buscando alternativas em outros países”, disse o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, Lourival Kiçula.
As duas principais montadoras japonesas de veículos instaladas no Brasil disseram que não sofrerão impacto relevante na produção. Segundo a Honda, o índice de nacionalização das motos fabricadas pela companhia é de 95%, enquanto a dos carros chega a 80%, o que afasta a possibilidade de enfrentar problemas com o fornecimento de autopeças.
A Toyota informou que o nível de nacionalização dos veículos que produz é de 80% e que tem estoques para quatro meses de produção. Além disso, afirmou que o pátio da fábrica de Indaiatuba (SP) está cheio.
Fonte: ABr