Para Picchetti, o comportamento dos preços ainda deve ser visto com preocupação, embora ele acredite que, no fechamento do mês, a taxa deve permanecer decrescente. Ele destaca que há “aumentos disseminados na economia”, mas, sobretudo, dois grupos de despesas ameaçam a inflação: alimentação e transportes. No caso dos alimentos, apesar da redução no ritmo de alta, com a taxa passando de 1,10% para 0,91%, “o patamar ainda é elevado”, na avaliação do economista.
Essa perda na velocidade de alta foi influenciada pelas hortaliças e pelos legumes (de 5,83% para 3,71%), mas outros itens relevantes no cálculo do IPC-S dão sinais de avanços, alerta Picchetti. As carnes bovinas, que vinham em baixa, subiram 0,11% e os laticínios ficaram 2,12% mais caros.
Quanto ao grupo transportes, o economista destacou que o resultado da terceira prévia reflete, principalmente, o aumento de preços da gasolina, cuja taxa atingiu 4,7%. O etanol também pesa na inflação, com alta de 12,59% ante 14,01%.
Na semana passada, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) anunciou que a oferta de álcool combustível vai aumentar, gradativamente, com a entrada em operação de mais usinas de processamento da cana-de-açúcar, abrindo a possibilidade de uma queda de preços no mercado varejista.
Fonte: Agência Brasil