Em reunião na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a Selic de 11,75% para 12% ao ano.
“Precisamos reduzir os juros, mas ao mesmo tempo estimular a oferta e a produção como forma de controle dos preços. Se tem mais oferta, tem mais oportunidades de se fazer compras a preços melhores. Reduziria também o gasto público. Portanto eu faria o inverso do que o governo faz”, destacou Skaff, pouco antes de participar da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto.
O presidente da Fiesp destacou que “a inflação continua alta, mesmo com o governo usando a estratégia de manter a alta dos juros”. “O aumento inflacionário é mundial e se deve ao excesso de liquidez promovido pelos bancos que injetaram dinheiro nas economias como forma de combate à crise”, acrescentou.
Ele argumentou que o aumento dos juros resulta no aumento da dívida pública e atrai muito capital especulativo, resultando em gastos anuais de R$ 250 bilhões em juros.
“Em termos de aumento de juros, a estratégia do governo está equivocada. Ninguém me convence de que aumentar juros – que atraem capital especulativo, tirando nossa competitividade e aumentando os gastos públicos e, ainda, não influenciam no preço – seja uma boa medida”, competou Skaff. Ele sugeriu a queda dos juros como medida para desestimular a entrada de dólares no país.
Fonte: ABr