
Governador Beto Richa recebe o embaixador da Ucrânia no Brasil, Ihor Hrushkoe a cônsul da Ucrânia no Paraná, Larissa Myronenko e o conselheiro da Embaixada, Oleksi Liashenko. Foto: José Adair Gomercindo/AENotícias
“Não queremos apenas vender produtos, mas podemos transferir as tecnologias de ponta que dominamos, seja na produção de insulina, seja como desenvolvedores de tecnologia em turbinas e geradores de energia elétrica, da qual o Paraná é grande produtor, e ainda na indústria aeroespacial”, disse Hrushko.
O embaixador informou também que o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, virá ao Brasil para uma visita oficial, com uma missão comercial, e que ao visitar o Paraná gostaria de encontrar-se com o governador. Richa disse que está à disposição e concordou em estudar uma possível visita à Ucrânia em agosto, quando estará na Europa para visitas oficiais à Polônia e à República Tcheca. “Vamos receber o presidente ucraniano de braços abertos, em reconhecimento à importância dessa colônia de imigrantes que é tão significativa para a formação cultural, social e econômica do Paraná e do Brasil”, disse o governador.
O superintendente da Secretaria da Saúde do Paraná, Sezifredo Paz, disse que a iniciativa da Ucrânia de trazer para o Paraná uma fábrica de insulina é de grande importância não apenas para o Estado, mas para o Brasil. Hoje o Brasil utiliza 15 milhões de doses de insulina por ano e o Paraná, em torno de um milhão de doses. “Todo e qualquer esforço para ter uma produção nacional que atenda essa necessidade é bem-vindo e esse empreendimento poderá fazer com que o País tenha mais independência em relação à produção e consumo de insulina”, disse Paz.
Além de diminuir os custos de aquisição do medicamento, principalmente para o setor público, a implantação de uma nova fábrica de insulina e a vinda para o País da tecnologia de produção da insulina sintética irão aumentar a oferta nacional desse medicamento, que hoje é produzido pela Fiocruz, no Rio de janeiro (já com tecnologia ucraniana), e atende apenas em torno de 25% das necessidades do País.
IMIGRAÇÃO — O embaixador disse que a colaboração entre as duas nações é muito importante porque, além de ser o maior parceiro comercial da Ucrânia na América Latina, o Brasil tem uma das maiores colônias no mundo de descendentes ucranianos, com mais 400 mil pessoas. O ano de 2011 marca os 120 anos da imigração ucraniana ao Brasil e uma série de atividades comemorativas estão previstas para acontecer no mês de agosto em várias regiões do Estado, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura.