Quedas do ICF mostram desaceleração no consumo das famílias brasileiras

Fábio Bentes, economista da CNC: quedas do ICF apontam para queda no consumo

                                                                                                                                                                         Crédito: Carolina Braga

Fábio Bentes, economista da CNC: quedas do ICF apontam para um processo mais intenso de desaceleração do consumo no Brasil

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) confirmou, em maio, a desaceleração do consumo no Brasil. Em relação ao mês anterior, houve retração de -2,0%, a quinta consecutiva registrada pela pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Todos os componentes do ICF acusaram quedas, que variaram de 0,5% (no subitem satisfação com emprego atual) a 4,5% (momento para aquisição de bens duráveis). Pela primeira vez no ano houve queda na comparação com o mesmo mês de 2010, de 2,3%. Apenas a satisfação com emprego atual (+1,1%) e a perspectiva profissional (+3,2%) apresentaram crescimento na pesquisa, destacando-se nesta base comparativa, as quedas no momento para aquisição de bens duráveis (-6,5%) e perspectiva de consumo (-5,7%).

“As quedas expressivas do ICF no mês de maio, tanto na comparação mensal, quanto na comparação anual apontam para um processo mais intenso de desaceleração do consumo das famílias no Brasil”, explica Fábio Bentes, economista da CNC. Em relação a maio de 2010, a perspectiva de consumo recuou 5,7%, enquanto que percepção do momento para aquisição de bens duráveis cedeu 6,5%. “Essa evolução da intenção de consumo das famílias brasileiras decorre, principalmente, do encarecimento do crédito concedido às pessoas físicas”, complementa Bentes.

Faça o download da ICF na Central do Conhecimento do site da CNC.

Fonte: CNC