Corregedora de Justiça quer combater morosidade com mutirões e gestão racional de processos

Brasília – Os corregedores de Justiça têm a difícil tarefa de apurar denúncias contra juízes e desembargadores. Também são responsáveis por apontar as falhas no atendimento à sociedade, propondo soluções e cobrando respostas dos colegas. A atual corregedora-geral de Justiça, Eliana Calmon, no cargo desde setembro de 2010, admite que muitos erros cometidos por juízes ficam impunes e trabalha para reverter esse quadro.

Em entrevista à Agência Brasil, Eliana Calmon fala sobre os principais problemas que tem encontrado nos judiciários locais, analisa os gargalos que levam à demora na prestação da Justiça e critica o sistema carcerário brasileiro. Há 32 anos na magistratura, 12 deles no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a baiana, ao compor o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), leva à instituição uma autocrítica em relação trabalho do Judiciário.

Há oito meses à frente da Corregedoria Nacional de Justiça, ela sabe que a demora na resposta do Judiciário não pode ser resumida a uma única causa. Por isso, separa o Poder em suas três principais vertentes – Estadual, Federal e do Trabalho –, os divide novamente em primeira e segunda instâncias e só depois explica em que momento as justiças enfrentam maior dificuldade.

Com os diagnósticos da lentidão em mãos, a corregedora articula estratégias para combater a morosidade, como mutirões e reformas na gestão de varas e tribunais. Nos mutirões carcerários, confirmou a ideia de que o sistema carcerário é falido em termos de recuperação do detento. Eliana Calmon defende a aplicação das penas alternativas para modificar essa situação.

Acesse, os principais trechos da entrevista concedida à Agência Brasil.

http://migre.me/4CJSC

Fonte: Agência Brasil