Conselho debate o turismo náutico no Brasil – Foto: Carolina Braga
O Conselho de Turismo da CNC recebeu, nesta quarta-feira, 8 de junho, o velejador e presidente do Instituto Rumo Náutico, Axel Grael e o economista Ricardo Figueiredo para debater o macrotema Turismo náutico – Busca da regulamentação dos cruzeiros marítimos no País. Eles falaram sobre o tema Operações do Turismo Náutico – Tendências e Perspectivas.
Um dos aspectos destacados por Axel em sua apresentação foi o cenário das principais nações do mundo no que se refere ao setor náutico e a distância comparativa com o Brasil, apesar do grande potencial do País. Outro ponto foi o retorno financeiro dos eventos náuticos. “Somente a America’s Cup, em 2003, gerou o equivalente a 529 milhões de dólares, sendo 450 milhões na região onde foi realizada, em Auckland”, disse Axel. “Cada barco com mais de 25 pés gera três empregos diretos, além de gastar em manutenção e estadia o equivalente a 8% do seu valor de compra por ano”, completou para falar, em seguida, do Projeto Grael, voltado para a educação e profissionalização dos estudantes da rede pública.
Ricardo Fonseca Poppe Figueiredo falou sobre as normas da Receita Federal que tratam da chegada de bens ao Brasil para competições e outros fins que, de certa forma, atingem o turismo náutico. Segundo o economista, muitos bens são admitidos no País temporariamente, e o tratamento aduaneiro e tarifário varia de acordo com a finalidade de uso (como uma exposição, por exemplo). “Todo barco pode trazer outros bens de consumo. Os eventos têm nuances que, para a Receita, geram algum tipo de controle”, disse Ricardo. “Combustíveis e alimentos que chegam com a embarcação geram uma questão para a Receita, que precisa contar com outros órgãos, como a Anvisa, por exemplo”.
Velejador consagrado, Axel Grael se tornou presidente do Instituto Rumo Náutico/Instituto Grael, depois de ter dirigido órgãos públicos como a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, a Feema e o Instituto Estadual de Florestas. Já o economista Ricardo Figueiredo é chefe do Serviço de Vigilância e Controle Aduaneiro da Alfândega do Porto do Rio de Janeiro (Sevig).
Fonte: Imprensa CNC