Dez meses após a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê a implantação da logística reversa, as empresas de transporte passam por obstáculos para fazer os resíduos industriais voltarem para a sua origem, como a fragmentação das instâncias regulatórias. O tema foi discutido, na última semana, no Seminário de Logística Reversa.
O presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira de Logística (Aslog), Adalberto Panzan, observou, no evento, que “hoje você retorna com embalagem residual de produto perigoso e pode ser parado por técnicos do Ibama, mesmo estando regular. É preciso conversar com os órgãos ambientais que não são regidos pela resolução do setor, feita pela Agência Nacional de Transportes Terrestres”.
De acordo com os casos levados até a associação, ainda há barreiras na legislação tributária e uma confusão legal a respeito do tema. A principal é a classificação fiscal do produto que, por se tratar de carga residual, não tem valor econômico. A carga pode ser dispensada de nota fiscal nas barreiras, mas muitas vezes o documento está sendo exigido.
“Apesar de não existir um conhecimento global do que é a logística reversa, vemos no setor um business fantástico, uma oportunidade da ampliação do portfólio de serviços junto a clientes existentes. Já temos o conhecimento logístico no envio, podemos utilizá-lo no retorno”, declarou Panzan.
* Com informações da Confederação Nacional do Transporte (CNT)
Fonte: Intelog/Por Porto Gente