No encontro, foram distribuídos questionários para avaliar até que ponto os cursos profissionalizantes existentes hoje representam as necessidades do mercado de trabalho. “Assim como em outras reuniões do Paraná Competitivo, queremos nesta reunião de trabalho organizar os esforços para gerar melhores resultados com os recursos que já existem”, explicou o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros. “As respostas vão nos ajudar a ter o mapeamento da situação.”
O secretário do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, disse que o governo trabalha na formatação de um Sistema Estadual de Qualificação Profissional, a ser criado por meio de lei. “Temos o grande desafio de criar programas específicos para atender as demandas dos diversos setores”, afirmou. Segundo ele, o sistema contaria inclusive com a criação de um Fundo de Apoio ao Trabalho para captar recursos para serem aplicados na capacitação. “Hoje os recursos não são suficientes. O mercado está aquecidíssimo e há muita demanda”, disse Romanelli.
O vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, lembrou que a criação dos cursos deve estar ligada às demandas regionais. Arns afirmou que essa relação pode ajudar a reversão da preocupante estatística segundo a qual somente 15 % dos jovens buscam as universidades. “Precisamos levar os cursos para os locais pretendidos e estar atentos às modificações das demandas”, afirmou.
Para atender às necessidades regionais, o governo também pretende utilizar as universidades estaduais, que contam hoje com mais de 370 cursos de graduação. “Temos instituições de ensino e pesquisa capazes de formar recursos humanos de acordo com a demanda”, frisou o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal.
PARTICIPAÇÕES
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho, Adir de Souza, cobrou a criação de mais cursos de qualificação gratuitos por meio de parcerias com o governo do Estado e com as secretarias de educação municipais ou estadual. “Também sugiro um maior debate sobre o tema. O Paraná e os seus trabalhadores têm muito a ganhar”, disse o sindicalista, que também faz parte da direção nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Para o secretário do Trabalho de Curitiba, Paulo Bracarense, a preocupação com a qualificação profissional deve ser acompanhada do esforço para melhorar o ensino regular. “É preciso qualificar desde o ensino básico até o superior”, disse.
A ideia foi ao encontro das situações vivenciadas no setor de telefonia, segundo presidente do sindicato do segmento, Hélio Bampi. “Muitas vezes temos o candidato, mas ele não é considerado apto pelo perfil e pela formação básica”, disse.
Também participaram do encontro o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures; o reitor da UFPR, Zaki Akel; o presidente da Faciap, Rainer Zielasko; os secretários estaduais Wilson Quinteiro (Relações com a Comunidade) e Edson Casagrande (Assuntos Estratégicos); os deputados federais Cida Borghetti e Eduardo Sciarra; prefeitos; vereadores e lideranças políticas e do setor privado.
PARANÁ COMPETITIVO