Brasília – A atividade da indústria esteve em maio abaixo do normal para o período pelo sexto mês consecutivo, com 46,1 pontos, informa a Sondagem Industrial, divulgada nesta quarta-feira, 22 de junho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de zero a cem. Valores acima de 50 mostram evolução positiva, estoque acima do planejado ou utilização da capacidade instalada (UCI) acima do usual.
O índice de maio, abaixo do habitual, foi puxado pelas grandes empresas, que de 49,1 pontos em abril caíram para 46,7 pontos em maio. Na comparação com abril, a atividade industrial cresceu, marcando 52 pontos, o que significa avanço em relação ao mês anterior. O percentual médio da UCI passou de 73% em abril para 74% em maio. O número de empregados também foi ampliado de um mês para o outro, registrando 50,8 pontos.
O estoque em maio ficou acima do planejado, com 51 pontos, embora tenha recuado ante abril, quando registrara 51,8 pontos. Isso mostra que o nível de estoques se aproximou do que foi planejado para o mês de maio, informa a Sondagem Industrial. O indicador de acúmulo de estoques em relação a abril também teve aumento e assinalou 52,4 pontos em maio.
De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, o estoque mais próximo do planejado mostra que os empresários ajustaram melhor a produção em maio em relação a abril. “Mas até que os estoques se ajustem completamente, ficando ainda mais próximos da linha divisória dos 50 pontos, é possível que a UCI continue abaixo do usual nos próximos meses”, prevê Azevedo.
O indicador de número de empregados registrou 50,8 pontos em maio e fica mais próximo da linha divisória dos 50 pontos, o que mostra estabilidade na oferta de empregos na indústria. Em abril, o índice foi de 51,3 pontos. Azevedo diz que se a situação de queda na demanda se intensificar ou se mantiver por um período longo, é possível que em breve haja redução no número de vagas no mercado de trabalho.
EXPECTATIVAS – Em relação aos próximos seis meses, os empresários estão otimistas em junho nos quatro indicadores analisados: demanda no mercado interno, exportação, compras de matérias-primas e número de empregados. O indicador de exportação, que estava abaixo da linha divisória dos 50 pontos em maio, deixou de ser pessimista ao registrar 50,4 pontos em junho. A demanda no mercado interno, com 61,6 pontos, está mais otimista que no mês passado.
Já as expectativas para compras de matérias-primas e número de empregados tiveram queda, mas continuam positivas. O indicador de compras de matérias-primas registrou 58 pontos em junho ante 58,2 em maio. O de número de empregados marcou 54 pontos este mês, quando em maio atingira 54,3 pontos.
A Sondagem Industrial foi realizada entre 31 de maio e 15 de junho com 1.792 empresas, das quais 943 são pequenas, 566 médias e 283 de grande porte.
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Fonte: Agência CNI