Segundo o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, a inexistência de uma central informatizada de regulação dos leitos SUS é um dos principais problemas da área no Estado. “Operamos com um sistema antigo e ineficiente”, afirma ele.
Caputo Neto informa que o atual modelo não conta com ferramentas e suporte para que a secretaria exerça o papel de reguladora. “Infelizmente o Estado não aperfeiçoou seus mecanismos para agilizar as demandas da saúde nos últimos anos”, disse, destacando o exemplo de Curitiba que implantou sistemas informatizados de saúde desde 1990.
O novo sistema proposto pela secretaria não se restringe à Central de Leitos, mas sim a todo sistema da estadual saúde. “A partir da implantação completa do programa, a secretaria terá condições de regular toda a rede”, destaca Caputo Neto.
Segundo ele, será possível acompanhar a marcação de consultas de especialidades médicas e saber se o paciente terá necessidade de uma cirurgia ou outros tipos de procedimentos médicos. “Não há hoje no país um sistema instalado como o que estamos propondo, por isso ele deve ser construído”.
A expectativa do secretário e da direção da Celepar é de que a partir de outubro possa ser iniciada a execução do novo programa, que deverá ser implantado em oito meses por módulos. “O sistema prioritário será a central de leitos”, ressalta o secretário estadual da Saúde.
HOSPSUS
Na primeira fase, o programa vai destinar R$ 40 milhões para 48 hospitais públicos e filantrópicos que são referência em suas regiões. Para receber os recursos os hospitais deverão atender a vários critérios, entre os quais: ser referência regional; oferecer prioritariamente leitos para atendimentos do SUS; e ter um porcentual de leitos de UTI para atendimento de urgência e emergência do SUS.
UTI´s
“Com os novos credenciamentos, conseguimos diminuir a sobrecarga em algumas regiões do Estado, melhorando o acesso da população a hospitais estratégicos”, explica a superintendente de gestão em saúde da secretaria, Márcia Huçulak.
