Entre os setores, a indústria de produtos químicos, petroquímicos e farmacêuticos registrou queda de 1,4% no mês. Entretanto, na comparação com junho do ano passado houve elevação de 12,5%. No acumulado do ano, o INA desses setores aumentou 6,5% e, nos últimos 12 meses, 1,8%. “Isso ocorreu porque a demanda para as empresas reduziu e esta redução ocorreu em função de estoques que haviam se construído. Ainda houve, durante o mês, a visão de que os preços iriam cair no mercado internacional, que também refreou”, disse o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini.
Já no setor de máquinas e equipamentos, a queda foi maior, 2,4%, tendo ficado estável na comparação de junho deste ano com junho de 2010. Houve crescimento de 2% de janeiro a junho e de 7,75%, nos últimos 12 meses. “O setor também está sendo fortemente agredido pelo mercado de importados , mas percebe-se que, depois de uma reação vigorosa, veio a estagnação para o setor”.
Para os veículos e automóveis, a queda foi de 5,5% em relação a maio e de 4,4% em comparação a junho do ano passado, mas houve aumento de 2,1% nos sete primeiros meses do ano de 6,8%, no acumulado dos 12 meses.
Francini destacou que o mês de junho indicou um resultado não muito diferente dos meses anteriores e que a melhor palavra para definir o baixo índice de produção da indústria é a estagnação. “Esses resultados estão apontando para um crescimento medíocre em 2011, talvez algo em torno de 3 pontos percentuais comparativamente a 2010, que, possivelmente, estarão transitando abaixo do Produto Interno Bruto [PIB]. Sempre que olhamos a indústria abaixo do PIB pode ficar preocupado porque o PIB só tem crescimento expressivo quando a indústria tem crescimento acima de seu crescimento”.
Fonte: Agência Brasil