Os gargalos do trânsito têm preocupado a comunidade empresarial. Na reunião de diretoria da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (ACIAP), presidida pelo vice-presidente Arquimedes Anastácio, o tema voltou a ser discutido, principalmente devido aos frequentes engarrafamentos registrados nas vias de entrada da cidade, como as avenidas Ayrton Senna e Bento Rocha e a BR-277. Medidas emergenciais estão sendo solicitadas às autoridades municipais, estaduais e federais, tendo em vista que esses problemas estão prejudicando a economia local.

A discussão foi motivada pelo vídeo apresentado pelo presidente da Câmara Setorial de Turismo, Rafael Gutierrez Júnior (Rafinha), com o qual mostrou um cruzamento na região do Jardim Samambaia entre a avenida Ayrton Senna e a BR-277 (que na continuação, após a ponte sobre o Rio Emboguaçu passa a ser denominada de avenida Bento Rocha). “Falam de modernização do porto, de aumento dos berços de atracação, mas algo tem que ser feito o mais rápido possível em relação à entrada da cidade. O porto representa mais de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional e é o quinto em arrecadação de tributos federais na região sul e continuamos com esse gargalo”, destacou.

Rafinha afirmou que pretende solicitar audiência em breve no Ministério dos Transportes, em Brasília, para expor os problemas e cobrar soluções, juntamente com outros diretores da ACIAP. A sugestão é construir um viaduto para isolar o movimento de caminhões que seguem para o porto de Paranaguá. O presidente da Câmara Setorial de Transportes e Logística, José Pereira de Jesus, que também preside a Cooperativa de Transportes de Cargas e Anexos (Coopanexos) disse que “está difícil trabalhar, que a produção caiu e houve perda de embarques porque o trânsito fica travado” em muitas regiões de Paranaguá. “Nossa cidade tem que ser respeitada. Até agora nada foi feito”, declarou.

Diretores também culparam a Prefeitura de Paranaguá pelo caos no trânsito, tendo em vista que não há planejamento e que os agentes do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) não fiscalizam, mas atuam cobrando pelo Perto, nas ruas do Centro. Rafinha relatou ainda outro problema. “Não tem engenheiro de trânsito em Paranaguá e nos últimos anos o número de carros e motos aumentou cinco vezes na cidade. Hoje a avenida José Lobo estava fechada, com fila tripla de caminhões”, denunciou. O tema voltará a ser discutido pela diretoria, que pretende marcar reunião com o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho (Pepe), para expor os problemas e buscar soluções imediatas.

Fonte: Assessoria de Imprensa Aciap