Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI)apresentará propostas ao documento de gestão dos recursos hídricos que o Brasil apresentará no 6º Fórum Mundial da Água, a ser realizado entre 12 e 17 de março de 2012, em Marselha, na França. O documento mostrará a posição do Brasil sobre uso da água, saneamento, qualidade dos recursos hídricos e dos ecossistemas, entre outros. O convite para que a indústria participe das discussões foi feito nesta quarta-feira, 21 de setembro, por Ricardo Medeiros de Andrade, superintendente de Implementação de Programas e Projetos da Agência Nacional de Águas (ANA).
“Queremos que a indústria compartilhe a sua experiência e traga ideias para mesa de debate. Vamos construir uma proposta conjunta que atenda a todos os setores”, afirmou Andrade, durante a reunião da Rede de Recursos Hídricos, realizada na sede da CNI, com representantes das federações de indústrias e empresários.
Segundo Andrade, o Fórum tratará de 12 temas, e o Brasil dará contribuições aos que tratam da questão da água para o saneamento, a energia, a produção de alimentos, a qualidade dos recursos hídricos e dos ecossistemas, entre outros.
“Foram definidas 11 metas para esses temas. A ideia é ter sugestões e recomendações do setor industrial para alcançar as metas nacionais. Teremos mais facilidade para atingir os objetivos com o consenso de todos”, propôs Andrade. O gerente-executivo de Meio Ambiente da CNI, Shelley Carneiro, destacou que a indústria desconhece as metas, mas contribuirá com o documento e buscará o diálogo com o Conselho Mundial. “A participação da indústria poderá ser feita a partir da identificação de problemas, de soluções e de resultados”, acrescentou o coordenador da Rede de Recursos Hídricos da CNI, Percy Baptista.
A CNI participará da Seção Brasil do Conselho Mundial da Água, que atualmente é formada por 32 instituições. “É fundamental envolver instituições, associações e o setor privado para ter uma visão abrangente do que se deve privilegiar na questão hídrica”, disse Andrade. Atualmente, o Conselho Mundial da Água é coordenado por 36 governadores, eleitos pelos 400 membros internacionais, que são instituições de mais de 70 países. O Brasil tem a participação de 20 instituições e duas entidades governadoras, que são a ANA e a Universidade de São Paulo (USP). O Conselho debate temas relacionados aos recursos hídricos, regulamentações, gerenciamento e distribuição da água.
Fonte: Agência CNI