CNI apoia destinação de parte dos royalties do petróleo à educação

Rafael Lucchesi: A CNI é favorável à proposta por entender que é um projeto de Brasil e de cidadania
Rafael Lucchesi: A CNI é favorável à proposta por entender que é um projeto de Brasil e de cidadania

Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) se manifestou favorável à proposta que defende a aplicação de parte dos royalties da exploração do petróleo da camada do pré-sal à educação, ciência e tecnologia e inovação. O anúncio foi feito pelo diretor de Educação e Tecnologia da entidade, Rafael Lucchesi, em manifestação pela medida promovida nesta quinta-feira, 29.09, na Câmara dos Deputados, pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Academia Brasileira de Ciências (ABC).

“Esses são temas centrais na agenda da competitividade. A CNI é favorável à proposta por entender que é um projeto de Brasil e de cidadania”, defendeu Lucchesi. A partilha dos recursos do pré-sal está prevista no projeto de lei 8.051/2010, em tramitação na Câmara dos Deputados, e é ponto de discórdia entre os governos dos estados produtores de petróleo e não produtores.

“Estamos aqui para lembrar aos brasileiros que o petróleo é um recurso da nação e que, por isso, tem de ter como destino coisas importantes, como a educação, porque sem educação não há ciência, não há tecnologia e nem inovação”, ressaltou na manifestação a presidente da SBPC, Helena Nader, Informou que no site da SBPC (www.sbpcnet.org.br) há um link para um abaixo-assinado a ser enviado à Presidência da República defendendo a proposta.

As sugestões de percentuais dos royalties do pré-sal destinados à educação variam de 30% a 50% . O abaixo-assinado enfatiza que com a aprovação, ano passado, da legislação que muda do regime de concessão para o regime de partilha a exploração do petróleo, os Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Marinha perderão, a partir de 2012, cerca de R$ 1,3 bilhão anuais das receitas destinadas ao investimento em pesquisa na área de petróleo e gás.

Participaram também da manifestação na Câmara dos Deputados o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e vários parlamentares, como os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Eduardo Suplicy (PT-SP), além de dirigentes da UNE (União Nacional dos Estudantes) e de instituições de ensino e pesquisa.

Fonte: Agência CNIFoto: Miguel Ângelo