Empresários do Brasil e Europa discutem perda de mercado

Brasília – A perda de mercado de empresas europeias no Brasil e o aumento da participação brasileira nas importações da Europa, inferior a 2%, serão os principais temas do 5º Encontro Empresarial Brasil-União Europeia, que ocorre nesta terça-feira, 4 e outubro, em Bruxelas, na Bélgica. O encontro se realiza paralelamente à reunião da presidente Dilma Rousseff com os dirigentes da Comissão Europeia e do Conselho da União Europeia, aos quais será entregue documento dos empresários.

Promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e sua contraparte europeia, a BusinessEurope, que representa 40 federações industriais do continente, o encontro discute, em sete painéis, no Brussels Egmont Palace, propostas para evitar a bitributação, reduzir taxas alfandegárias e firmar acordos de comércio setoriais. Os empresários debatem também obstáculos regulatórios ao fluxo de serviços e investimentos, incentivos à inovação, facilitação do transporte aéreo e cooperação em energias renováveis.

Participam das discussões, entre outros dirigentes, os presidentes da CNI, Robson Braga de Andrade; da Telefónica, César Izuel; da Tractebel Energia, Manoel Torres, o vice-presidente do Banco Santander, Alfredo Saenz, além dos ministros do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e das Comunicações, Paulo Bernardo. A presidente Dilma Roussef e os presidentes da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do Conselho da União Europeia, Herman Van Rompuy – aos quais os empresários encaminham suas conclusões – encerram o 5º Encontro Empresarial.

A Europa é o mais importante destino das exportações brasileiras, representando 21,4% do total vendido pelo Brasil em 2010. O Brasil exportou US$ 43,1 bilhões para o mercado europeu no ano passado e importou de lá US$ 39,1 bilhões, obtendo um superávit, portanto, de US$ 4 bilhões. Entre janeiro e julho últimos, as exportações brasileiras para o bloco somaram US$ 29,9 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 25,3 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,5 bilhões para o lado brasileiro.

Fonte: Agência CNI