No seu relatório o deputado Vanhoni salienta que embora as carreiras técnicas e tecnológicas existam no país desde os anos 60 do século passado acabam por ser relacionadas ao rótulo de ocupações “inferiores”. “ Até hoje se busca romper com preconceitos em relação à formação e à atuação profissional dessas carreiras. Nesse sentido, salienta-se que um curso tecnológico não é um retalho de determinado curso de bacharelado. Há ainda o falacioso argumento de que o ensino tecnológico seria de baixa qualidade. Como em toda modalidade de graduação, um programa de ensino adequado, em conformidade com a realidade atual, é reflexo duma boa proposta pedagógica, no contexto de uma instituição saudável, do ponto de vista legal e financeiro, com instalações de biblioteca, laboratórios específicos, salas de aula, corpo docente, dentre outros fatores, condizentes com as necessidades didáticas”, salienta.
Segundo o Censo da Educação Superior, feito pelo Inep., o total de cursos superiores de tecnologia, subiu de 636, em 2002, para 4.355 em 2008, um aumento de quase 600%. A oferta de graduações feitas a distância cresceu ainda mais: passou de 46 cursos, em 2002, para 647, em 2008, um crescimento de 1.300%. Já os cursos de graduação presencial nem chegaram a dobrar: passaram de 14.399, em 2002, para 24.719, Segundo dados do Censo do Ensino Superior, o número de estudantes ingressos na educação tecnológica passou de apenas 38.386, em 2002, para 218.843, em 2008. Dos 218.843 ingressos na educação tecnológica em 2008, 194.484 (quase 90%) se matricularam em instituições de ensino superior privadas.
“ Os números revelam que o ensino tecnológico está em franca expansão no Brasil, que há cada vez mais jovens interessados nos cursos e que há um aumento vertiginoso no número de cursos escolas que ofertam cursos de tecnólogos. A discussão da regulamentação da profissão é mais do que oportuna. Esperamos que a Câmara Federal aprove o substitutivo do deputado Vanhoni para fazer justiça a milhares de jovens profissionais”, analisa Welter.