Sucesso das empresas depende da qualidade da educação

Brasília – O sucesso da multinacional Tait Eletronics, do setor de tecnologia da informação, é fruto principalmente da qualidade da educação oferecida nas escolas da Nova Zelândia, país sede da empresa. Com 99% da produção destinada às exportações e escritórios comerciais em diversos países, são os trabalhadores neozelandeses que fabricam os aparelhos de rádio comercializados pela empresa no mundo.

A experiência da Tait foi relatada pelo vice-presidente da empresa, Hamish Wiig, durante debate com representantes do governo brasileiro sobre as experiências da Nova Zelândia e do Brasil para superar os desafios da concorrência com a Ásia. O evento foi realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, nesta terça-feira, 8 de novembro.

A sugestão de Wiig é que o Brasil siga o exemplo da Nova Zelândia e apoie setores industriais estratégicos, criando um ambiente favorável à inovação. “Para isso, é fundamental construir um sistema educacional que forme profissionais para as áreas tecnológicas e das engenharias”, destacou.

Segundo ele, a experiência da Embraer, que criou um pólo de desenvolvimento tecnológico, é muito positiva. “O país precisa ter pessoas habilitadas para essas empresas de alta tecnologia”, disse Wiig. “Uma oportunidade é aproveitar gestores e engenheiros de outros países que vêm trabalhar em empresas aqui para qualificar ainda mais os profissionais brasileiros”, sugeriu.

Participaram do debate em Brasília o diretor-executivo do Banco Mundial e ex-secretário do Tesouro da Nova Zelândia, John Whitehead, o consultor internacional neozelandês Ralph Lattimore e o embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Mark Trainor. O debate foi moderado pelo diretor-executivo da CNI, José Augusto Fernandes.

Outro encontro para debater experiências dos dois países foi realizado ontem, 7 de novembro, no escritório da CNI em São Paulo, com a presença de empresários brasileiros.

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Fonte: Agência CNI