Movimentação de veículos no Porto de Paranaguá cresce 24% em 2011

A movimentação de veículos pelo Porto de Paranaguá registrou alta de 24% em relação a 2010. De janeiro até agora, foram movimentados cerca de 200 mil veículos, contra 160 mil no mesmo período do ano passado.

“O Porto de Paranaguá tem encontrado alternativas para atender a demanda de veículos. Aprimoramos nossa logística interna e estamos dedicando para armazenamento de veículos áreas que antes não eram destinadas para este fim”, explica o superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, Airton Vidal Maron.

O bom desempenho das operações chamou a atenção dos técnicos japoneses da Nissan. Representantes da fábrica no Japão vieram conhecer a logística de escoamento de veículos do porto. Eles conferiram todo o processo de produção, exportação e importação de automóveis realizada pela filial brasileira da empresa.

De acordo com o coordenador de operações internacionais da Renault-Nissan, Patrick Silveira, a equipe técnica japonesa veio verificar como a unidade brasileira conseguiu aumentar em até 30% a movimentação de veículos em comparação com o ano anterior.

LICENÇAS – Desde maio, o Brasil não concede mais licenças automáticas para a importação de alguns produtos argentinos – veículos, autopeças e produtos têxteis, entre outros. A medida veio como respostas às restrições semelhantes feitas pela Argentina contra produtos brasileiros, em fevereiro deste ano. O resultado das sanções foi a burocratização no processo de liberação dos produtos importados da Argentina, que agora levam até 90 dias para serem liberados.

Com as licenças automáticas que vigoravam anteriormente, o prazo não passava de dez dias. Com isso, o desembaraço de veículos importados da Argentina ficou mais lento, prejudicando o escoamento dos veículos recebidos.

Para evitar que o desembarque fosse prejudicado, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) adotou alternativas para armazenar estes carros. Em outubro, a Appa chegou a ter 15 mil veículos nos pátios e em área primária. As soluções logísticas adotadas pelo terminal evitaram que navios carregados com veículos deixassem de ser atendidos no porto.

Fonte: AENotícias