Brasília – O governo deve acelerar a regulamentação de medidas como a simplificação do PIS/Cofins e a desoneração de setores da indústria, que fazem parte do Plano Brasil Maior, anunciado em agosto. O alerta foi feito do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, durante visita à presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, 7 de dezembro.

A implementação dessas medidas, destacou Andrade, pode reduzir o impacto da crise externa no Brasil. “Pecamos por falta de agilidade”, destacou. Ele lembrou que programas importantes para estimular a economia, como o Reintegra, que prevê desoneração das exportações, foram aprovadas somente em novembro no Congresso Nacional. Mas ainda dependem de regulamentação da Receita Federal. “Alguns setores começam a enfrentar problemas mais graves por causa da lentidão e da burocracia do governo”, disse o presidente da CNI.

Como exemplo, Andrade citou ainda o setor de construção civil, que enfrenta dificuldades de financiamento do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. “A Caixa Econômica tem colocado alguns empecilhos que dificultam o licenciamento e a provação dos projetos”, acrescentou.

O presidente da CNI previu que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiros neste ano deverá ficar próximo de 3% e a indústria pode crescer entre 2% e 2,5% neste ano. “A desaceleração da economia já era esperada por causa da crise. Mas foi intensificada pela elevada taxa de juros, a importação muito acima do esperado, a taxa de câmbio desfavorável e uma carga tributária alta.”

As expectativas para 2012, segundo Andrade, são mais otimistas. “Mas, para o cenário melhorar dependemos de investimentos do governo em infraestrutura. Neste ano, esses investimentos ficaram prejudicados”, destacou.

Leia  PIB em queda faz CNI rever projeções para a economia

Fonte: Agência CNI