Cuidados com o sol no verão

Estimativas do Inca  indicam que o Brasil deve registrar neste ano 134.170 novos casos de câncer de  pele

A  importância do sol para a saúde é inquestionável. Dentre outros efeitos  positivos, os raios ultravioleta ajudam o organismo a absorver cálcio, aumentam  a resistência do corpo contra doenças infecciosas e exercem interferência direta  sobre o humor e o bem-estar das pessoas. Mas a radiação ultravioleta é também a  principal responsável pelo desenvolvimento do câncer de pele, o tipo mais  frequente da doença entre homens e mulheres, correspondendo por cerca de 25% de  todos os tumores malignos registrados no Brasil. É o que afirma Selmo Minucelli  (CRM 16.897), oncologista do Frischmann Aisengart.

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que o Brasil  deve registrar neste ano 134.170 novos casos de câncer de pele, sendo 62.680 em  homens e 71.490 em mulheres.

O  especialista diz que todos podem desenvolver a doença, mas principalmente as  pessoas de pele, olhos e cabelos claros ou ruivos, que sempre se queimam, mas  nunca se bronzeiam, ou aquelas pessoas que possuem histórico familiar de câncer  na pele. “A prevenção é evitar exposição solar entre as 10 e 16 horas, usar  chapéu, camisetas e protetores solares a cada 2 horas”, revela.

Segundo Minucelli, o câncer da pele é o crescimento anormal e  descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando  camadas e, dependendo de qual delas é afetada, surgem os diferentes tipos de  câncer. Os mais comuns são os Carcinomas Basocelulares e os Espinocelulares. De  forma geral, o mais perigoso é o Melanoma Malígno.

“Quando detectado precocemente, o câncer de pele apresenta altos  percentuais de cura, chegando a 95% nos casos”, diz. A Sociedade de  Dermatologia recomenda a realização do auto-exame de pele a cada três meses. Sem  roupa e na frente de um espelho, a orientação é observar o corpo todo, incluindo  a área genital. Ferida que não cicatriza, sinal com aspecto irregular, uma “pinta” preta ou acastanhada que muda de cor, textura, torna-se irregular nas  suas bordas e cresce de tamanho ou uma mancha que continua a crescer  apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento devem ser analisados com  mais rigor.

De  acordo com os profissionais da Sociedade de Dermatologia, uma maneira simples de  identificar o melanoma é utilizar o que os dermatologistas chamam de Teste ABCD.  A ideia é observar se o sinal ou a pinta apresenta: Assimetria (os dois lados  têm formatos e tamanhos diferentes); Bordas irregulares; Cores variadas,  principalmente tons de preto e Diâmetro maior que 6  milímetros.

Minucelli lembra que, para não prejudicar a saúde e nem acelerar o  envelhecimento, é importante se proteger na praia, mas também no dia-a-dia,  principalmente nas regiões onde o sol aparece o ano todo. “A regra também vale  para os dias nublados, pois a radiação UVA, responsável pelo envelhecimento e  pelo aparecimento de melanoma, atinge a Terra durante todo o dia. E lembre-se  que a incidência da radiação UVB, causadora dos carcinomas, se intensifica entre  10h e 15h”, finaliza.

Fonte: Assessoria de Imprensa Frischmann Aisengart