Centrais sindicais protestam em frente ao Banco Central contra política econômica do governo

Centrais  sindicais, trabalhadores, estudantes e entidades dos  movimentos  sociais fizeram uma grande manifestação na porta do Banco  Central, no  centro da cidade do Rio para protestar contra a atual  política de juros  altos no Brasil. Cerca de 300 pessoas participaram do  protesto que  pediu uma redução mais radical da taxa de juros.

Na manifestação  estiveram presentes as centrais sindicais  CTB, CUT,  Força Sindical,  NCST, CGTB e UGT, e também membros da União  Sindical  dos Trabalhadores  (UST), que se somaram na manifestação.
Para  o  secretário adjunto  de Relações Internacionais da CTB, João Batista   Lemos, “ao invés de um  corte de 60 bilhões no orçamento feito pelo   governo Dilma, nós  defendemos que é preciso mudar de maneira radical a   política  macroeconômica desse governo. Nós temos os juros mais altos  do  mundo e  uma política cambial que não favorece o setor produtivo.  Por  isso  defendemos uma redução mais acelerada desses juros. Cada  aumento  dos  juros é transferência de renda para o capital financeiro.  Queremos  um  projeto nacional de desenvolvimento, com soberania  nacional,  valorização  do trabalho e, consequentemente, menos juros”.
Segundo   o  presidente da CTB-RJ, Maurício Ramos, “não é possível continuar com   os  juros mais altos do mundo. Para crescermos é necessária uma  redução   drástica desses índices. Nós do movimento sindical, junto com o    movimento social, vamos cobrar nas ruas essa mudança”.
O    movimento social também marcou presença no ato, demonstrando a unidade    das diversas entidades, sindicais, estudantis e sociais, como a AMES,    ASPUC, CMP, CONAM, Federação de Mulheres Fluminenses, MAB-Nova Iguaçu,    UBES, UBM, UEE, UEES, UJS, UNE e Unegro.
Para o diretor da UNE,    Edson Santana, “é necessário criar um projeto que sirva para o    desenvolvimento do Brasil. Agora, nossa tarefa é aumentar a mobilização    nas ruas e colocar em pauta as nossas reivindicações. Nossa opinião  não  é  a mesma desse grupo de pessoas que quer manter os altos juros”.
Todas    as entidades participantes prometem continuar pressionando pela   redução  das taxas de juros, buscando aumentar cada vez mais o número de   pessoas  no próximo ato, quando novamente o Copom deve se reunir.

Fonte: CTB-RJ