O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Edson Luiz Campagnolo, esteve ontem pela manhã na FETIEP. Convidado pelo presidente Luiz Ary Gin, Campagnolo conheceu as instalações da nova sede, inaugurada em novembro do ano passado, e reuniu-se com dirigentes da Federação. Na ocasião, a FETIEP reforçou a união entre as duas entidades em defesa do desenvolvimento e do fortalecimento da indústria paranaense e na luta contra o processo de desindustrialização do país.
O presidente da FETIEP, Luiz Ary Gin, também propôs uma parceria no Movimento A Sombra do Imposto, articulado pela FIEP desde 2010, que objetiva aconscientização sobre o impacto dos altos tributos e o direito que cada cidadão tem de cobrar a correta aplicação dos recursos públicos. O Movimento já distribuiu quase 2 milhões de cartilhas que, com uma linguagem simples e didática, mostra à população o valor elevado dos impostos que estão presentes em cada produto que compramos ou serviço que contratamos.
“A FETIEP apoia o Movimento e vai realizar uma campanha para a conscientização dos trabalhadores e da população. A ideia é promover uma grande ação junto com a FIEP e aproveitar o ensejo do feriado de Carnaval, com a distribuição das cartilhas e adesivos do Movimento em alguns pontos das rodovias de acesso ao litoral paranaense que ficam totalmente congestionados nesse período. Já estive conversando com a nossa diretoria, com alguns de nossos sindicatos filiados e algumas lideranças do litoral. Vamos reunir um grande grupo para fazer o manifesto”, explicou Gin.O presidente da FIEP aprovou a parceria entre as duas Federações no Movimento e disse que vai encaminhar a proposta do manifesto para o Conselho Temático de Assuntos Tributários, responsável pela coordenação do A Sombra do Imposto. “Quem paga o tributo são os cerca de 800 mil trabalhadores da indústria. Eles pagam, nós pagamos. Muitas vezes ficamos com certo limite de falar sobre essa questão, mas a gente tem mais é que tratar o assunto como ele merece ser tratado. Então fico muito feliz com essa ideia e com a participação da FETIEP no Movimento”, disse Campagnolo.
Ainda durante a reunião, Campagnolo também destacou a importância da parceria e do bom relacionamento entre as duas Federações. “Acredito que a FIEP e a FETIEP sempre tiveram muito em comum. E na relação capital e trabalho nós temos que tirar as arestas, não se afastar. Assim como era na gestão anterior, minha gestão é favorável a tudo o que a gente puder fazer juntos para manter essa aproximação e parceria”, ressaltou o presidente da FIEP.
SEMINÁRIO DE UNIFICAÇÃO
Na reunião, o presidente Luiz Ary Gin e o Relações Institucionais da FETIEP, Zenir Teixeira, demonstraram preocupação com a política macroeconômica, o favorecimento do capital improdutivo, os juros altos, o câmbio e a concorrência desleal como fatores que emperram a produção, dificultam as exportações, a geração de empregos e o enfrentamento da crise mundial. Para debater profundamente estes assuntos e as soluções para o desenvolvimento e o fortalecimento do setor produtivo nacional, eles propuseram também a realização de um Seminário de Unificação, com a participação das Federações e Sindicatos Patronais, as Centrais Sindicais, Federações e Sindicatos dos trabalhadores. O objetivo será construir uma aliança produtivista dos empresários e da classe trabalhadora no Paraná. Campagnolo aprovou a ideia e, para estruturar a proposta, será criada uma Comissão de Trabalho entre as entidades envolvidas.
UNIÃO CONTRA IMPORTAÇÕES
Na manhã de ontem, em São Paulo, uma das deliberações das Centrais (CTB, NCST, Força Sindical, UGT e CGTB) foi a idealização de uma grande manifestação pelo desenvolvimento, a valorização da produção e do trabalho e contra os juros altos. A manifestação está prevista para março e reunirá 200 mil pessoas. O jornal Valor Econômico, edição de ontem (26), publicou matéria com destaque para a reunião das Centrais com Paulo Skaf, presidente da FIESP, onde foi discutido os “planos da greve geral na capital paulista, em protesto contra a entrada de produtos manufaturados importados”. O arranjo desta manifestação será acertado entre empresários e sindicalistas.
Fonte: Assessoria de Comunicação FETIEP