Europa tem surto de sarampo

Jaime Rocha, infectologista e especialista em Medicina do Viajante  é quem dá as orientações

A Organização Mundial da Saúde (OMS) teve em 2011 mais de 6,5 mil casos confirmados de sarampo em 30 países da Europa. Segundo Jaime Rocha (CRM 17.227), infectologista e especialista em Medicina do Viajante do Laboratório Frischmann Aisengart, a vacina é a prevenção mais eficaz. No calendário nacional de vacinação, a primeira dose deve ser administrada a todas as crianças de um ano de idade e uma segunda dose às crianças entre quatro e seis anos. A vacina tríplice viral também é recomendada às pessoas que viajam ao exterior, profissionais que atuem no setor de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, estudantes e outros que mantenham contato com viajantes internacionais, além dos profissionais da saúde e da educação.

A vacinação é também eficaz quando utilizada até 72 horas após o contato com caso confirmado ou suspeito. Vale ressaltar que a vacina contém vírus vivo-atenuado e, portanto, deve ser usada com indicação médica. Diversos viajantes devem fazer uma dose de reforço antes de partir para seu destino. Deve-se também respeitar as seguintes contra-indicações: reação grave à vacina em outras situações, alergia a vacina, gestantes e pessoas com imunossupressão (por exemplo AIDS ou uso de corticóide).

Um viajante que não apresentou a doença, não foi vacinado e venha a ficar doente começará com febre alta cerca de dez a doze dias após a exposição. Esta febre durará uma semana e será acompanhada de um quadro semelhante a uma gripe forte nos primeiros dias. O sintoma será seguido de olhos avermelhados, manchas esbranquiçadas por dentro da boca e, finalmente, um vermelhão por todo o corpo (rash). O rash dura de cinco a sete dias e desaparece lentamente. O quadro pode ser complicado com cegueira, infecção cerebral, diarréia, infecção do ouvido e pneumonia. “Vale alertar que não existe nenhum tratamento específico contra o vírus do sarampo”, informa Jaime Rocha.

O sarampo ainda é uma das principais causas de morte em crianças pequenas, apesar de haver uma vacina disponível há mais de 40 anos. Um dos motivos é a facilidade com que o vírus é transmitido (via respiratória), resultando em infecção em quase todas as pessoas não-imunes que entram em contato com doentes.

As dicas do infectologista para prevenir a disseminação são:

– Pessoas com rash (vermelhão) e febre, associados com sintomas respiratórios, após contato com doente de sarampo ou viagem para país de risco, devem limitar seu contato com outras pessoas;

– Limitar contato com transportes públicos;

– Limitar exposição a familiares e colegas de trabalho e escola;

– Avisar o médico ou hospital onde fará a consulta sobre a suspeita;

– Lembrar que a limitação de contato deve ser mantida até o diagnóstico ser estabelecido, resolução dos sintomas ou até quatro dias do início do rash.

O infectologista reforça que apenas uma consulta com um especialista poderá estabelecer com maior precisão todos os cuidados necessários para cada destino e cada viajante. Mais informações:

http://www.who.int

http://www.eurosurveillance.org

http:/www.cdc.org

http://new.paho.org/

http://www.saude.gov.br/svs

http://www.cve.saude.sp.gov.br

http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=544

http://www.sesa.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2791

 

Fonte: Assessoria de Imprensa Frischmann Aisengart