Ferroeste fecha no azul após meses de recuperação

A Estrada de Ferro Paraná Oeste – Ferroeste, nos últimos três meses, “fechou com dois meses no azul”, comemorou nesta segunda-feira, o presidente Maurício Querino Theodoro. O resultado da empresa, que está em processo de recuperação, desde que a diretoria assumiu em janeiro de 2011, só não foi melhor, segundo ele, porque em dezembro a companhia teve que arcar com despesas de décimo terceiro salário e pagamento de férias e de encargos aos funcionários.
Theodoro disse que o resultado deste mês de janeiro foi positivo em R$ 131.038,19, ao passo que em novembro de 2011 o saldo foi positivo em R$ 19. 934, 79. “Os últimos meses em que a Ferroeste havia fechado no azul”, destacou o presidente, foi em fevereiro de 2009, com R$ 182.804,00, e março de 2009, com R$ 95.653,00.
“Esses resultados são um reflexo do trabalho que a atual diretoria fez no sentido de recuperar locomotivas e melhorar o desempenho da ferrovia, devem-se ao incentivo que demos aos nossos colaboradores, à confiança do governador Beto Richa e ao apoio incondicional do secretário de Infraestrutura e Logística José Richa Filho, que sempre esteve dando total apoio à nossa administração”, afirmou Theodoro.
O presidente destacou que no último ano houve um grande avanço na gestão da Ferroeste. Theodoro mencionou que a empresa recebeu do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes mais de R$ 15 milhões (valor de mercado) em peças de reposição para locomotivas. Theodoro sublinhou que também foram recuperadas locomotivas e a linha permanente da ferrovia.
“Foi feita a troca de mais quatro mil dormentes e de quatro mil metros de trilhos, sem contar a substituição de seis mil grampos”, disse ele. O dirigente lembrou ainda a retirada de vagões acidentados em 2009, devido a um acidente, e o restabelecimento do traçado, “fazendo com que a via volte a operar dentro dos parâmetros para os quais foi projetada e executada”.

ENTENDIMENTOS 

Maurício Querino Theodoro disse que a Ferroeste está em novos entendimentos com o DNIT para obter a doação de mais lotes de peças encostadas nos armazéns do órgão. Para melhorar a segurança e o funcionamento da ferrovia, a empresa está instalando novos sensores de descarrilamento em pontos críticos da via, ressaltou Querino, além de estar trocando as bombas de abastecimento. “Vamos utilizar bombas de alta vazão, ganhando duas horas no abastecimento das composições”.
Theodoro acrescentou ainda que as oficinas da empresas estão concluindo a recuperação da locomotiva 9137, que está prevista para entrar em operação na primeira quinzena de março. “Também estamos trabalhando na recuperação dos rádios de comunicação das locomotivas e das estações”, disse ele, adiantando que a empresa, com o apoio do Governo do Estado, maior acionista, deve comprar cinco novas locomotivas remanufaturadas. A instauração de um procedimento licitatório foi autorizada pelo governador em dezembro do ano passado.
“Também é muito importante destacar a volta do diálogo com a ALL, empresa responsável pelo trajeto ferroviário de Guarapuava ao Porto de Paranaguá. Isso nos mostra que a Ferroeste é altamente viável para o Paraná e para as empresas interessadas em investir no transporte ferroviário estadual”.
Segundo ele, “o volume de cargas com que a Ferroeste está trabalhando atualmente representa somente 10% da capacidade disponível no Oeste/Sudoeste do Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai”.
ECONOMIA

Ao longo do último ano, a diretoria obteve uma grande redução de custos para a empresa. Várias ações nas áreas administrativa, financeira e operacional permitiram a economia de R$ 897.441,06 em 2011 quando comparada a 2010. Na área administrativa, por exemplo, ocorreu a redução de 57,81% em despesas com manutenção, 13,15% com despesas gerais e de 59,69% com comunicação. Também houve queda de 27,48% com despesas de viagem e diárias e 43,94% com despesas judiciais.
Na área operacional, o consumo de diesel teve uma economia de 13,75%, em 2011, e de 57% com manutenção em pátios e terminais. A manutenção de veículos ferroviários caiu em 87,39%, resultado do esforço para implementar as oficinas próprias da empresas e recuperar máquinas. As manutenções na oficina tiveram uma variação de 89,61%, a menor. Também a despesa com locação de frota reduziu em 26,26%.
“Esses resultados são fruto do esforço das diretorias de Administração e Finanças, da diretoria de Produção e de todos os colaboradores que acreditam numa Ferroeste moderna, eficiente e ativa, à altura do que o Paraná precisa”, concluiu o presidente.

Fonte: Assessoria de Imprensa Ferroeste