Frente Parlamentar em Defesa da Indústria quer acelerar projetos

Brasília – A Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Nacional, lançada nesta terça-feira, 27.03, pretende acelerar a votação de projetos de interesse do setor produtivo em exame na Câmara dos Deputados. Em evento no Salão Negro, o presidente da Frente, deputado Newton Lima (PT-SP), explicou que o movimento tem como objetivo sensibilizar e mobilizar os parlamentares para a gravidade do problema da indústria, que vem perdendo participação na produção e na geração de emprego.

No manifesto de sua criação, a Frente se propõe a “amplificar o debate, identificar proposições legislativas em tramitação, apresentar propostas que contribuam para o fortalecimento da indústria nacional e criação de mais empregos”. Segundo Newton Lima, mais de 300 deputados de todos os partidos já assinaram o manifesto, demonstrando “a preocupação com o momento que vive a indústria”.

Além de parlamentares, também participou do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria a ministra interina do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Heloísa Menezes. Ela anunciou o lançamento dos conselhos setoriais de competitividade, previstos no Plano Brasil Maior, no próximo dia 3 de abril, em solenidade com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

Como representante da indústria, o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse, na solenidade, que o movimento é uma demonstração de que os deputados estão sensibilizados para a conjuntura de desindustrialização.

Nesse momento do país, a economia vai bem em muitas áreas, mas a indústria de transformação tem dificuldades. Esse segmento da indústria tem uma participação de 14,6% no PIB, o Produto Interno Bruto, mas responde pelo recolhimento de 37% dos impostos pagos no país. Aí vem o governo e retira o pagamento ao INSS, mas impõe outro imposto. Não adianta. Precisamos de medidas concretas para que o resultado mude”, enfatizou Skaf. “Não queremos favor. Queremos isonomia”, concluiu.

Fonte: Agência CNI