Paraná discute ações para levar industrialização ao interior

O Governo do Paraná reuniu nesta terça-feira (27), em Curitiba, prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais da Indústria e Comércio para discutir ações e programas de incentivo a instalação de indústrias no interior do Paraná, sobretudo nos municípios mais distantes da capital e das principais rodovias do Estado. Foto Chuniti Kawamura/AENoticias.

SEIM organizou o encontro para discutir ações de desenvolvimento industrial com prefeitos e vices. Foto Chuniti Kawamura/AENoticias.

O Governo do Paraná reuniu nesta terça-feira (27), em Curitiba, prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais da Indústria e Comércio para discutir ações e programas de incentivo a instalação de indústrias no interior do Paraná, sobretudo nos municípios mais distantes da capital e das principais rodovias do Estado.

O encontro foi organizado pelo secretário Ricardo Barros. Barros apresentou um estudo técnico que está sendo realizado com o objetivo de encontrar alternativas para compensar os custos de logística que um empresário tem ao se instalar nos municípios mais distantes da infraestrutura ou do mercado consumidor. “Uma dessas ideias é a redução de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para tornar essas cidades mais atraentes para os investidores”, disse.

O encontro foi organizado pelo secretário Ricardo Barros. Barros apresentou um estudo técnico que está sendo realizado com o objetivo de encontrar alternativas para compensar os custos de logística que um empresário tem ao se instalar nos municípios mais distantes da infraestrutura ou do mercado consumidor. “Uma dessas ideias é a redução de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para tornar essas cidades mais atraentes para os investidores”, disse.

De acordo com o estudo feito por técnicos da SEIM, 53 municípios paranaenses não recolhem ICMS Industrial, 200 são responsáveis por apenas 0,1 % do ICMS e 300, ou 75 % das cidades do Paraná, respondem por 1,1% de todo o ICMS industrial. “Temos aí uma boa margem de manobra para trabalhar com ações específicas que motivem o industrial a se instalar no interior”, afirmou Barros.

Na outra ponta, o estudo mostra a concentração do ICMS Industrial em menos de 20 cidades do Estado. De tudo que é arrecadado, 91,6 % vem de 19 cidades. Sendo que Araucária, Curitiba e São José dos Pinhais respondem por 67,6 % de todo o ICMS industrial paranaense. “Precisamos consolidar ações para distribuir melhor essas riquezas e alterar essa realidade de concentração que se acumula ao longo dos anos”, salientou Ricardo Barros.

O secretário explicou que os dados municipais da arrecadação do ICMS Industrial foram cruzados com informações econômico-sociais (IDH,IPDM) e de infraestrutura (distância da capital e das principais rodovias) para criar um índice de referência de necessidade de apoio ao município.

“A ideia é utilizar este índice para calcularmos qual o grau incentivo que cada município do Paraná necessita. É uma proposta que debatemos aqui com os secretários municipais e que estamos discutindo tecnicamente dentro do Governo”, acrescentou Barros.

KLABIN – Uma outra alternativa, citada por Barros, é a distribuição do ICMS gerado por indústrias entre os fornecedores de matéria-prima. Esse mecanismo será utilizado na nova fábrica de celulose que a Klabin vai construir no Paraná.

O imposto estadual gerado com o investimento de R$ 6,8 bilhões será repartido por 12 cidades da região dos Campos Gerais e do Norte Pioneiro que fornecem a madeira utilizada na indústria. O convênio foi assinado na semana passada pelo governador Beto Richa com a diretoria da empresa e os prefeitos. “É preciso distribuir a riqueza e esse exemplo é fantástico, por isso vamos repetir no estado, ampliando as oportunidades para os paranaenses”, disse Barros.

Além dos assuntos tributários, entrou na discussão a ampliação das linhas de financiamento para empreendedores, consolidação de arranjos produtivos locais, maneiras de doar terrenos para indústrias, construção de barracões e de parques industriais e a necessidade de obras de infraestrutura.

O secretário da Indústria e Comércio de Guaíra, Roque Domingos Morro, afirmou que a dificuldade para atrair indústrias é um dos principais problemas para o município. Localizado na divisa do Paraná com Mato Grosso do Sul, Guaíra tem nas confecções o setor mais forte industrial da cidade. “Precisamos aumentar o incentivo para atrair novas indústrias e até mesmo para ampliar o nosso parque fabril”, afirmou durante o encontro.

O prefeito Cilleninho de Mandaguari, e vice-presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), elogiou o encontro e a oportunidade dos municípios de trocar experiências. “É muito importante juntar todos nesse tipo de Fórum para discutir as dificuldades vivenciadas pelos municípios, principalmente os mais ao interior”.

“Foi um bom encontro, onde pudemos ouvir as realidades de cada região e aprender um pouco mais. São informações que vão nos ajudar a aprimorar as ações para interiorizar as indústrias do Estado. Criamos um canal direto de conversa que será mantido e ampliado por meio dos técnicos da nossa secretaria”, frisou Ricardo Barros.

Também participaram do encontro o presidente da Junta Comercial do Paraná Ardisson Akel, o presidente da Federação das Associações Comerciais do Paraná Rainer Zielasko e representantes do BRDE.

Bom Negócio Paraná garante crédito barato e qualificação para empreendedores

Uma outra alternativa para gerar emprego e renda no interior é o programa Bom Negócio Paraná, que foi apresentado aos participantes do encontro pelo presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa.

Fruto de uma parceria da Fomento com a Secretaria da Indústria e Comércio e com diversos órgãos entre federações, associações, Sebrae, comerciantes e empresários, o programa garante crédito subsidiado e capacitação gratuita.

A meta é atingir 60 mil micro e pequenos empreendimentos formais e informais, com receita bruta de até R$ 2,4 milhões por ano. As linhas de crédito variam de 0,58% a 1,1% ao mês e serão ofertadas pelo Bando do Empreendedor da Fomento.

“Quanto mais capacitado o empreendedor, mais barato será o juro”, disse Juraci. ” Os recursos podem ser aplicados em capital de giro e na realização de obras, reformas, compra de móveis, instalações, montagens e aquisição de máquinas e equipamentos”, acrescentou.

Os cursos gratuitos de capacitação gerencial são frutos de parceria com entidades empresariais. Cada curso terá duração de 66 horas cada curso, durante 22 dias nas seguintes áreas: empreendedorismo e projeto de vida, gestão de negócios, gestão de pessoas, gestão financeira, gestão comercial e gestão estratégica.

Fonte: Assessoria de Imprensa SEIM