Ferroeste lança edital para a compra de cinco locomotivas

A Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. – Ferroeste, sociedade de economia mista, vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Logística, estará lançando nos próximos dias uma licitação para a compra de cinco novas locomotivas, informou nesta quinta-feira (29), o presidente da companhia, Maurício Querino Theodoro. “Esta é a primeira vez, desde que foi criada, em 1988, que a Ferroeste investe na aquisição de locomotivas próprias”, afirmou.

“A licitação para a compra das novas locomotivas, autorizadas pelo governador Beto Richa, em dezembro de 2011, é uma conquista não só desta diretoria, como também das cooperativas, empresas e produtores, especialmente da região Oeste”, afirmou Theodoro. “São locomotivas de três mil HP”, acrescentou, “que ao lado das máquinas que já estão em operação, inclusive algumas que eram consideradas inservíveis, e que foram recuperadas, vão permitir à Ferroeste mais que dobrar a sua capacidade de tração”.

A licitação para aquisição das locomotivas será realizada na modalidade “pregão presencial”, do tipo menor preço global, sendo que o valor máximo da operação, segundo o presidente da companhia, é de R$ 8.000.000,00. Os recursos para a compra virão da Fomento Paraná, graças à visão estratégica do presidente da Agência, Juraci Barbosa Sobrinho, ressaltou Theodoro.

O prazo para entrega das locomotivas, objeto da licitação, é de até 120 dias corridos, contados da data da assinatura do instrumento contratual ou, no caso de as locomotivas se encontrarem no exterior, de até 180 dias corridos, contados da data da assinatura do instrumento contratual. “Acreditamos que para a safra de 2013 já estaremos operando com os novos equipamentos”, observa Theodoro.

Segundo ele, “a concorrência certamente terá alcance nacional”, ressaltou Maurício Querino Theodoro. O presidente da Ferroeste ressaltou que a compra das novas locomotivas é um grande passo no sentido de, em médio prazo, alcançar o desejado equilíbrio financeiro da empresa.
“Quando assumimos a Ferroeste estava operando com três locomotivas de 1.300 e 1.600 HPs e hoje estamos operando com sete locomotivas”. Segundo Theodoro, isso foi possível “graças ao compromisso do Governo do Estado para com o setor produtivo abrangido pelo Corredor Ferroeste”. A integração de cinco novas locomotivas à frota dará um novo impulso à Ferroeste, disse ele.

REFORMA 

Maurício Querino Theodoro lembrou ainda que as oficinas da empresa, instaladas em Guarapuava, estão liberando mais uma locomotiva, a de número 9137, totalmente restaurada. Esta locomotiva estava parada desde 2009 e era considerada inservível. A máquina restaurada vai para o trecho com uma particularidade, ressalta Theodoro. “Pela primeira vez demos nome a uma locomotiva. Nós a batizamos de Sacramento”.
Segundo ele, o nome “é uma justa homenagem ao pessoal do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), na pessoa do coordenador de Patrimônio Ferroviário, Luciano Sacramento, que tanto está contribuindo para com a empresa”. Segundo Theodoro, a restauração só foi possível devido a doação de peças de reposição cedidas pelo DNIT à Ferroeste. Essa é uma prática que a Ferroeste deve adotar daqui por diante, sublinha o presidente.

O material doado pelo DNIT pertenceu à antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e estava armazenado em diversos barracões desde a privatização da estatal. São peças de vários tipos que permitiram a restauração da “Sacramento” e vão ser usadas como material de reposição na empresa por vários anos.

Fonte: Imprensa Ferroeste