Brasília – A Comissão de Indústria do Parlamento Europeu manifestou interesse em financiar projetos de inovação na indústria brasileira, especialmente de micro e pequenas empresas, usando um fundo específico para este tipo de investimento. A disposição foi anunciada em dois dias de encontros, na segunda e nesta terça-feira, 2 e 3 de abril, com dirigentes e técnicos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) responsáveis pela área de inovação.

No primeiro dia dos encontros, em São Paulo, foi feita uma exposição aos parlamentares e dirigentes da Comissão Europeia sobre a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), iniciativa coordenada pela CNI para aumentar os investimentos privados em inovação. O país aplica menos de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) em pesquisa e desenvolvimento, dos quais o setor privado contribui com menos da metade. “É muito importante o financiamento europeu neste momento, uma vez que no Brasil é difícil captar recursos nessa área”, afirmou o diretor de Inovação do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), vinculado à CNI, Paulo Mol.

No segundo dia do encontro, nesta terça-feira, em almoço na CNI, a comitiva assistiu a apresentação do gerente-executivo da Unidade de Políticas Industriais da CNI, Pedro Alem, sobre as diretrizes da indústria e as principais medidas do Plano Brasil Maior, a nova política industrial, ampliado nesta terça-feira, 3 de abril.

A chefe da delegação europeia, Pilar Del Castillo, disse que as linhas do Plano Brasil Maior, que também buscam incentivar a inovação, coincidem com as necessidades atuais da economia da União Europeia. “É um ótimo exemplo do que precisamos: inovação com sustentabilidade”, declarou.

Participou do almoço na CNI o deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), que integra a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria, lançada em 17 de março para aprovar no Congresso projetos de apoio à indústria nacional. Segundo ele, Europa e Brasil enfrentam dificuldades similares e têm economias complementares. “As nossas relações já são fortes, mas precisam se fortalecer ainda mais”, propôs.

Fonte: Agência CNI