Washington – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a US Chambers of Commerce, que reúne as associações empresarias do Estados Unidos, assinaram nesta segunda-feira, 9 de abril, em Washington, protocolo de intenções para facilitar a participação de empresas e instituições no programa Ciência sem Fronteiras, de formação de jovens brasileiros no exterior.
A US Chambers of Commerce se compromete, pelo protocolo, a promover, incentivar e facilitar a participação de companhias norte-americanas no financiamento desse programa. Os investimentos deverão vir somente das empresas, não da instituição de representação empresarial. No caso brasileiro, a CNI anunciou em dezembro que financiará 6 mil alunos, das 101 mil bolsas de estudos pretendidas pelo Ciência sem Fronteiras.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, ressaltou a importância do programa. “A indústria brasileira precisa de mão de obra altamente qualificada. O intercâmbio estudantil é uma das melhores maneiras para se conquistar isso. Para tanto, contamos com o apoio das empresas dos Estados Unidos e também das instituições universitárias”, disse ele, durante a assinatura do protocolo de intenções, na sede da US Chambers of Commerce.
O presidente da instituição norte-americana, Thomas Donahue, informou que também é do interesse das empresas dos EUA que os brasileiros estudem cada vez mais nos Estados Unidos. “Nossas empresas estão no Brasil e precisam de pessoal local qualificado”, sublinhou.
Intercâmbio estudantil
A secretária de Estado Hillary Clinton afirmou, na abertura do seminário Brasil-Estados Unidos: parceria para o século 21, realizado pela CNI em conjunto com a US Chambers of Commerce e com a Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), que o governo Obama quer aumentar o intercâmbio cultural e estudantil com o Brasil e a América Latina.
“No ano passado, recebemos 700 alunos brasileiros. Este ano, esperamos começar a receber 1.500. E queremos enviar para o Brasil e para os vizinhos na América Latina pelo menos mil estudantes americanos por ano até o fim da década”, afirmou Hillary.
O programa Ciência sem Fronteiras, lançado pelo governo brasileiro no final de 2011, oferecerá a estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado das áreas de ciências e tecnologias 101 mil bolsas de estudo no exterior. Tem financiamento público e privado.
Fonte: Agência CNI