Empresários defendem acordo entre Brasil e EUA

 

Andrade: "Queremos recuperar as exportações de manufaturados e temos espaço para isso"

Andrade: "Queremos recuperar as exportações de manufaturados e temos espaço para isso". Foto: Theo Saad

Washington – O presidente da US Chambers of Commerce, Thomas Donahue, defendeu nesta segunda-feira, 9 de abril, em Washington, o início das discussões para um acordo comercial entre Brasil e Estados Unidos que inclua acesso a mercados, regras de comércio e instrumentos de cooperação bilateral.

“Estamos ansiosos para ouvir a visão de nossos governantes sobre uma relação mais forte entre os dois países”, disse Donahue, no evento Brasil-Estados Unidos: parceria para o século 21, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em conjunto com a US Chambers of Commerce e com a Câmara Americana de Comércio BRasil-Estados Unidos (Amcham).

As declarações foram feitas na presença da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Hillary Clinton disse que o estreitamento das relações entre os dois países ajudará a estabilizar as Américas.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, ressaltou, na abertura do evento, a importância da relação comercial entre os dois países, destacando os esforços que vêm sendo feitos pelos empresários e pelos governos para estreitar a parceria. “Os Estados Unidos são um importante destino das exportações brasileiras e vamos aumentar essa importância. Mas hoje vendemos muitas commodities e menos produtos manufaturados do que antes. Queremos recuperar os níveis de exportações de manufaturados e acho que temos espaço para isso”, afirmou Andrade.

Para o presidente da Cargill e da seção norte-americana do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (CEBEU), Greg Page, os governos e a comunidade empresarial precisam trabalhar juntos para fomentar as oportunidades econômicas. “O momento é de iniciarmos acordos bilaterais significativos para capitalizar por completo o potencial comercial dos dois países”, disse Page.

Para exemplificar o estreitamento das relações entre os dois países, os participantes do encontro lembraram que, no ano passado, quando da visita do presidente Barack Obama ao Brasil, foram iniciados três diálogos de nível presidencial e assinados 10 acordos. Acentuaram que, hoje, os Estados Unidos estudam fortemente a isenção do pedido de visto para brasileiros. O país também abrirá mais dois consulados no Brasil, um em Porto Alegre e outro Belo Horizonte. Além disso, os dois governos estão assinando um acordo de aviação para ampliar a segurança dos vôos entre os dois países e o número de viagens.

Fonte: Agência CNI