Washington – A viagem da presidente Dilma Rousseff e da missão empresarial aos Estados Unidos reforçará as relações comerciais entre os dois países e ajudará o Brasil a melhorar a competitividade da indústria, por meio de parcerias e intercâmbios. A conclusão é do diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi, que está em Washington.
“De maneira geral, a missão se concentrou em buscar competitividade para as indústrias brasileiras por meio de parcerias que possam trazer inovações tecnológicas, melhorias de processos e descoberta de possibilidades para trabalhar em terceiros países e fazer do Brasil um pólo”, afirmou Abijaodi. Segundo ele, houve uma abertura muito grande das duas partes, tanto no nível governamental, quanto no empresarial.
A presidente Dilma Rousseff mostrou a decisão brasileira de tornar os Estados Unidos novamente um parceiro para ações de importância nessa fase que o Brasil passa agora, disse o diretor da CNI. Na opinião dele, o que o país precisa hoje é se capacitar, ter maior eficiência na produção, ter inovacao dentro das fábricas.
Abijaodi afirmou que um acordo de livre comércio ainda está fora de cogitação, por ser ainda precipitado. Mas ressaltou que os dois países já poderiam começar a discutir as bases para um acordo bilateral, que facilitasse as trocas comerciais. ” Os Estados Unidos já têm acordo com quase todos os nossos vizinhos e também com o Caribe, só nós estamos de fora”, disse. Ele lembrou, no entanto, que o Brasil ainda não pode negociar sozinho com os Estados Unidos devido a impedimentos legais do Mercosul.
Segundo Abijaodi, os norte-americanos também têm interesse em discutir um acordo bilateral e até avançar para o livre comércio, segundo afirmou o presidente da US Chambers of Commerce, Thomas Donahue, porque não pode ficar atrás da Europa na relação comercial com o Brasil. “Estamos trabalhando fortemente para fechar um acordo comercial com a Europa, então os Estados Unidos não podem deixar desbalancear essa relação”, argumentou.
Outro ponto importante da viagem, de acordo com o diretor da CNI, foi a demonstração de interesse de um número grande de empresas brasileiras de estarem presentes nos Estados Unidos, de se internacionalizarem. “E o fato de a Dilma ter sido tão bem recebida aqui e de a secretária de Estado norte-americana, a Hillary Clinton, estar indo ao Brasil na próxima semana também demonstra o interesse cada vez maior das empresas americanas de estarem presentes no Brasil”, finalizou.
Fonte: Agência CNI