José Augusto Fernandes:”Precisamos remover obstáculos”. Foto:José P. Lacerda
Brasília – O diretor de Políticas e Estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes, atribuiu a lentidão das reformas necessárias à maior competitividade das empresas brasileiras ao fato de uma parte delas precisar de emendas à Constituição. A afirmação foi feita nesta quarta-feira, 23 de maio, no seminário Desafios da Indústria Brasileira Frente à Competitividade Internacional, promovido por quatro comissões da Câmara dos Deputados – Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Finanças e de Ciência e Tecnologia.
Disse ele aos deputados que a agenda prioritária do setor industrial passa por mudanças nas áreas de tributação, infraestrutura e relações do trabalho. “Por razões históricas, vários temas que precisamos enfrentar estão ancorados na Constituição Federal. Por isso, as reformas no Brasil caminham em ritmo mais lento. Precisamos remover obstáculos, trabalhar no desenvolvimento de competências e aproveitar oportunidades de desenvolvimento setorial”, assinalou Fernandes.
A remoção dos obstáculos, segundo o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, passa pela desoneração das exportações, dos investimentos e da folha de pagamentos. É fundamental também, na sua visão, corrigir distorções como o pagamento de tributos antes do recebimento das vendas, reajustar o limite de enquadramento das empresas no regime de lucro presumido e restringir o uso da substituição tributária.
Fonte: Agência CNI