Na formação da taxa de -0,2% da atividade industrial na passagem de março para abril, 13 dos 27 ramos pesquisados apontaram redução na produção. Os principais impactos negativos sobre a total da indústria vieram de alimentos (-3,7%) e farmacêutica (-8,5%), com o primeiro revertendo a taxa positiva registrada em março (0,4%), e o segundo acumulando perda de 11,4% em dois meses consecutivos de recuo na produção.
Vale destacar ainda as pressões negativas vindas dos setores de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-11,6%), bebidas (-1,6%), minerais não metálicos (-1,4%), outros produtos químicos (-0,6%), borracha e plástico (-1,2%) e produtos de metal (-1,1%).
Por outro lado, entre as atividades que avançaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para o resultado global da indústria foram observados em edição, impressão e reprodução de gravações (6,7%), que devolveu parte da queda de 7,7% assinalada em março último, e em veículos automotores (2,4%), que acumulou expansão de 27,4% em três meses de taxas positivas consecutivas, eliminando assim parte da perda de 30,3% verificada em janeiro último.
Também mereceram destaque as contribuições positivas vindas de máquinas para escritório e equipamentos de informática (5,9%), refino de petróleo e produção de álcool (1,3%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (3,8%) e celulose, papel e produtos de papel (1,3%).
Entre as categorias de uso, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo semi e não duráveis (-1,4%) e bens de consumo duráveis (-0,5%) apontaram as taxas negativas em abril de 2012, com o primeiro acumulando perda de 2,4% em dois meses consecutivos de queda na produção, e o segundo eliminando parte do crescimento de 3,1% observado em março.
O setor produtor de bens intermediários (0,0%) ficou estável frente ao patamar do mês imediatamente anterior, após recuar 0,8% em março último, enquanto o segmento de bens de capital (1,9%) avançou pelo terceiro mês consecutivo, acumulando expansão de 10,9% nesse período, recuperando assim parte da perda de 15,9% registrada em janeiro último.
Fonte: Imprensa IBGE