Índice acumulado da produção industrial no primeiro quadrimestre recua 2,8%, setor metal-mecânico é o principal atingido

No índice acumulado dos quatro primeiros meses de 2012, frente a igual período do ano anterior, o recuo foi de 2,8%, com a maior parte (14) dos 27 ramos investigados e três das quatro categorias de uso apontando taxas negativas. O setor de veículos automotores, com queda de 17,9%, se manteve como o de maior influência negativa na formação do índice geral, pressionado pela redução na produção da maior parte dos produtos pesquisados no setor, com destaque para a menor fabricação de automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, veículos para transporte de mercadorias e chassis com motor para ônibus e caminhões.

Vale citar também as contribuições negativas vindas de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-14,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,3%), metalurgia básica (-4,0%), farmacêutica (-5,1%), borracha e plástico (-5,3%), têxtil (-7,6%), produtos de metal (-4,7%) e vestuário e acessórios (-13,5%). Nessas atividades sobressaíram, respectivamente, a menor fabricação dos itens telefones celulares e aparelhos de comutação para telefonia; motores elétricos, equipamentos de alimentação ininterrupta de energia (no break) e transformadores; lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono; medicamentos; pneus para ônibus e caminhões; tecidos e fios de algodão; parafusos, ganchos, porcas e outros artefatos de ferro e aço; e vestidos, calças compridas e camisas de malha de algodão.

Por outro lado, entre os 12 ramos que registraram avanço na produção, as principais influências sobre o total da indústria ficaram com os setores de outros produtos químicos (4,8%), refino de petróleo e produção de álcool (4,7%), outros equipamentos de transporte (5,2%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (6,2%), impulsionados principalmente pela maior produção de herbicidas para uso na agricultura, no primeiro setor, gasolina automotiva, no segundo, aviões, no terceiro, e sabões ou detergentes para uso doméstico ou industrial, água-de-colônia e cremes de beleza no último.

Entre as categorias de uso, o perfil dos resultados para o primeiro quadrimestre de 2012 confirmou o menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-10,3%) e bens de capital (-9,8%), pressionados especialmente pela menor produção de automóveis, no primeiro grupamento, e de bens de capital para transporte (caminhões) no segundo. O setor produtor de bens intermediários (-1,5%) apontou recuo menos acentuado que o da média da indústria (-2,8%), enquanto o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, com expansão de 0,7%, assinalou o único resultado positivo no índice acumulado dos quatro primeiros meses do ano.

Fonte: Comunicação Soccial IBGE