Horas pagas na indústria é -0,8% menor que em março

Em abril de 2012, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, recuou -0,8% frente ao mês imediatamente anterior, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de -2,0%. Com isso, ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apresentou variação negativa de -0,2% no trimestre encerrado em abril frente ao patamar do mês anterior, após ficar estável em março (0,0%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas mostrou, em abril de 2012 (-2,1%), a oitava taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e a mais intensa desde novembro de 2009 (-3,1%). O índice acumulado no primeiro quadrimestre do ano (-1,4%) também ficou negativo e apontou ritmo de queda ligeiramente acima do observado no último quadrimestre de 2011 (-1,3%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao assinalar recuo de 0,8% em abril de 2012, permaneceu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (4,5%).

Em abril de 2012, o número de horas pagas recuou 2,1% no confronto com igual mês do ano anterior, com taxas negativas em doze dos quatorze locais e em quatorze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-8,0%), têxtil (-7,1%), produtos de metal (-4,8%), calçados e couro (-4,6%), borracha e plástico (-3,6%), papel e gráfica (-3,7%) e metalurgia básica (-5,3%). Em sentido contrário, máquinas e equipamentos (2,3%) exerceu a contribuição positiva mais relevante sobre o total da indústria, vindo a seguir alimentos e bebidas (0,8%) e indústrias extrativas (3,9%). Entre os locais, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, São Paulo (-4,5%) apontou a principal influência negativa sobre o total do país, seguido pela Região Nordeste (-2,3%), Rio Grande do Sul (-2,0%) e Bahia (-3,8%). Por outro lado, Minas Gerais (1,6%) e Paraná (1,9%) exerceram as contribuições positivas no total do número de horas pagas.

No índice acumulado dos quatro primeiros meses de 2012, houve recuo de -1,4% no número de horas pagas, com 12 dos 18 setores pesquisados apontando taxas negativas. Os impactos negativos mais relevantes na média global da indústria foram verificados nos ramos de vestuário (-7,2%), produtos de metal (-5,3%), calçados e couro (-6,4%), têxtil (-5,7%), madeira (-9,4%), borracha e plástico (-3,8%) e papel e gráfica (-3,7%). Em sentido oposto, o setor de alimentos e bebidas (2,7%) exerceu a principal contribuição positiva, seguido por máquinas e equipamentos (2,8%) e indústrias extrativas (4,4%). Em nível regional, 11 dos 14 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de -3,7% registrado por São Paulo, vindo a seguir as perdas de Santa Catarina (-2,2%), Região Nordeste (-1,0%), Bahia (-2,8%) e Rio Grande do Sul (-0,9%). Em contrapartida, Minas Gerais (2,0%), Paraná (1,8%) e Pernambuco (1,8%) assinalaram as taxas positivas no índice acumulado do primeiro quadrimestre de 2012.

Fonte: Comunicação Social IBGE