Em abril de 2012, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou -0,5% frente ao mês imediatamente anterior, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de -1,1%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apontou ligeira variação positiva (0,1%) entre os trimestres encerrados em março e abril, com clara redução no ritmo de crescimento frente aos resultados de janeiro (1,3%), fevereiro (1,5%) e março (1,8%).
No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 4,2% em abril de 2012, vigésimo oitavo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. O índice acumulado no primeiro quadrimestre de 2012 apontou avanço de 4,5%, acelerando o ritmo de crescimento frente ao observado no último quadrimestre do ano passado (2,8%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 3,8% em abril de 2012, prosseguiu com a redução no ritmo de crescimento iniciada em maio de 2011 (7,3%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real apontou expansão de 4,2% em abril de 2012, com resultados positivos nos quatorze locais investigados. As maiores influências sobre o total nacional foram verificadas em Minas Gerais (9,7%) e no Rio de Janeiro (13,0%).
Setorialmente, ainda no índice mensal de abril de 2012, o valor da folha de pagamento real no total do país cresceu em onze dos dezoito setores investigados, com destaque para máquinas e equipamentos (9,4%), alimentos e bebidas (6,6%), meios de transporte (6,2%), papel e gráfica (11,6%) e indústrias extrativas (10,5%). Por outro lado, borracha e plástico (-3,2%), vestuário (-3,6%), produtos de metal (-1,9%) e calçados e couro (-3,8%) exerceram os maiores impactos negativos sobre o total da indústria.
No indicador acumulado nos quatro primeiros meses de 2012, o valor da folha de pagamento real cresceu 4,5%, com taxas positivas em todos os locais investigados, com destaque para Minas Gerais (9,2%) e Paraná (11,4%). Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real avançou em 12 das 18 atividades pesquisadas, impulsionado, principalmente, pelos ganhos vindos de alimentos e bebidas (9,6%), indústrias extrativas (16,0%), máquinas e equipamentos (7,4%), meios de transporte (5,2%), minerais não metálicos (5,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (8,3%). Por outro lado, os setores de calçados e couro (-4,6%), madeira (-5,4%), vestuário (-1,9%) e produtos de metal (-1,1%) exerceram as maiores influências negativas sobre o total nacional.
Fonte: ABr