Brasil está pronto para liderar indústria de biocombustíveis, diz Pimentel

Políticas de bioenergia, design e economia verde são apresentadas pelo MDIC na Rio+20
Rio de Janeiro  – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse ontem, no Rio de Janeiro, que o Brasil “está pronto para ser um dos líderes da indústria mundial de biocombustíveis”. “A capacidade dos nossos empresários e dos órgãos regulatórios sinalizam um futuro promissor”, destacou, durante cerimônia, no aeroporto Santos Dumont, que celebrou o primeiro vôo da companhia aérea Gol movido a mistura de querosenes produzidos a partir de pinhão manso, camelina e óleo de cozinha reciclado.

O ministro também acompanhou o reabastecimento de um jato da companhia Azul, que aterrissou no Santos Dumont, vindo de Campinas (SP). O avião, produzido pela Embraer, voou movido a querosene de cana de açúcar. Os vôos fizeram parte da agenda paralela da Conferencia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a Rio+20.

O ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria de Aviação Civil, disse que a cadeia de biocombustíveis brasileira é “competitiva” e destacou a necessidade de buscar sinergias entre empresas e pesquisadores. “O trabalho em parceria é fundamental para aproveitar as expertises”, disse o ministro, referindo-se ao fato de os vôos realizados hoje terem sido fruto de parcerias das companhias aéreas, da indústria aeronáutica (incluindo a Embraer) e da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio).

O vôo da Gol entre São Paulo e Rio de Janeiro foi o último trecho de uma viagem iniciada em Montreal, no Canadá, com escalas em Toronto, na Cidade do México e em São Paulo, com aeronaves de diferentes companhias aéreas. A utilização do bioquerosene nos quatro trechos evitou a emissão de 47 toneladas de carbono, segundo o secretário-geral da Organização Internacional de Aviação Civil, Raymond Benjamin. A meta estabelecida pela Associação Internacional de transportes aéreos (IATA, na sigla em inglês) é cortar a emissão de dióxido de carbono em 50% até 2040. Hoje, a aviação mundial emite 650 milhões de toneladas de CO² por ano, segundo a IATA.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MDIC