Brasília – O diretor de Competitividade Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alexandre Comin, encerrou a participação do ministério esta terça-feira (19) dia especial do MDIC na Rio+20 falando sobre a política brasileira para biocombustíveis e bioenergia sob o ponto de vista da indústria de bens de capital. Ele destacou o quanto investimentos nesse segmento podem gerar desenvolvimento econômico e inovações no campo da agricultura e da indústria, além de espalhar riqueza em vários setores da sociedade.
Comin destacou a tecnologia e experiência brasileira no segmento, lembrando o trabalho conjunto de governo e iniciativa privada para o desenvolvimento tecnologias para produção de etanol e biodiesel, pesquisa, inovação, tecnologia e serviços voltados para os biocombustíveis. “O investimento a longo prazo no setor teve vários resultados positivos mostrando que o setor tem um potencial enorme como um multiplicador de riqueza”, destacou.
Como exemplos de produtos, serviços e tecnologia brasileira disponíveis, foram citados as máquinas e equipamentos para corte de carga e transporte, usinas de açúcar e etanol, destilarias de etanol, energia de co-geração utilizando bagaço, usinas de biodiesel e qualificaçao profissional. Para atrair investimentos para o segmento de biocombustíveis, Comin apontou cinco fatores principais: lucros ambientais, renovabilidade, aspectos econômicos, aspectos sociais e aspectos políticos.
A palestra fez parte da série de apresentações realizadas na Rio+20, nesta segunda-feira, por representantes do MDIC e das entidades vinculadas – BNDES, Inmetro, INPI, Suframa, Apex-Brasil e ABDI. Também estiveram no evento técnicos dos Ministérios das Relações Exteriores (MRE) e de Minas e Energia (MME), além da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Design e economia verdade
“Design e inovação para uma economia verde” foi outro tema tratado por um representante do MDIC. A coordenadora-Geral de Analise da Competitividade e Desenvolvimento Sustentável e coordenadora nacional do Programa Brasileiro do Design/MDIC, Fernanda Bocorny Messias, falou da importância da reformulação dos modelos tradicionais de produção e consumo e como a inovação e o design podem contribuir nesse processo.
Para ela, ações básicas podem ser implementadas em busca da sustentabilidade. Alguns exemplos que podem fazer a diferença, segundo Borcony, são: desenvolvimento de sistemas econômicos não monetários, agricultura urbana, movimentos como slow food e slow life, móveis infláveis, produtos recarregáveis por energia humana ou natural, equipamentos economizadores (água, energia, materiais etc.), trabalho fora do trabalho e a intensificação de videoconferências, dentre outros.
Em mais uma palestra com técnicos do MDIC, realizada nesta segunda-feira, no Pavilhão Brasil, foi apresentado o tema “Rotulagem Ambiental no Brasil: Panorama, Desafios e Oportunidades”, que tratou da experiência brasileira em rotulagem ambiental e do seu uso como instrumento para fortalecer a marca Brasil e a realização de compras públicas sustentáveis no Cone Sul a partir da rotulagem.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MDIC