O superávit primário do setor público consolidado alcançou R$2,7 bilhões em maio. O Governo Central e os governos regionais registraram superávit de R$1,6 bilhão e R$1,2 bilhão, respectivamente, e as empresas estatais, déficit de R$151 milhões.
No ano, o superávit atingiu R$62,9 bilhões (3,55% do PIB), comparativamente a R$64,8 bilhões (3,93% do PIB) no mesmo período de 2011. No acumulado em doze meses o superávit atingiu R$126,8 bilhões (2,97% do PIB).
Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$18,7 bilhões em maio, comparativamente a R$17,2 bilhões em abril, tendo contribuído para essa elevação o maior número de dias úteis no mês. No acumulado no ano, os juros alcançaram R$94,9 bilhões (5,36% do PIB), reduzindo-se 0,76 p.p. do PIB em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa redução foi influenciada, sobretudo, pela trajetória de queda da taxa Selic e pela menor variação observada nos principais índices de preços. No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$230,8 bilhões (5,41% do PIB).
O resultado nominal, que inclui o superávit primário e os juros nominais apropriados, registrou déficit de R$16,1 bilhões em maio. No ano, o déficit nominal alcançou R$32 bilhões (1,81% do PIB), reduzindo-se 0,37 p.p. do PIB em relação aos cinco primeiros meses de 2011. No acumulado em doze meses o déficit nominal alcançou R$104,1 bilhões (2,44% do PIB), comparativamente a R$102,7 bilhões (2,42% do PIB) no acumulado até abril.
O déficit nominal do mês foi financiado pela expansão de R$9,6 bilhões na dívida mobiliária em mercado, de R$7,6 bilhões na dívida bancária líquida, e de R$239 milhões no financiamento externo líquido, contrabalançadas parcialmente pela redução de R$1,3 bilhão nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária.
Dívida mobiliária federal
A dívida mobiliária federal, fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$1.833,1 bilhões (43% do PIB) em maio, registrando acréscimo de R$38,4 bilhões em relação ao mês anterior. O resultado refletiu emissões líquidas de R$19,6 bilhões, acréscimo de R$0,7 bilhão em razão da depreciação cambial e incorporação de juros de R$18,1 bilhões.
Destacaram-se emissões líquidas de R$17,9 bilhões em LTN, de R$2,8 bilhões em NTN-F e de R$0,7 bilhão em LFT; e os resgates de R$1,6 bilhão em NTN-B.
A participação por indexador registrou a seguinte evolução, em relação a abril: a porcentagem dos títulos indexados a câmbio passou de 0,4% para 0,5%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 21,1% para 21,2%; a dos títulos prefixados aumentou de 30,6% para 31,6%, dado as emissões líquidas de LTN; e a dos títulos vinculados a índices de preços passou de 26,6% para 26,7%. A participação das operações compromissadas reduziu-se de 20,7% para 19,3%, apresentando compras líquidas de R$31,3 bilhões no mercado secundário.
Ao final de maio, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado era a seguinte: R$207,7 bilhões, 11,3% do total, com vencimento em 2012; R$413,7 bilhões, 22,6% do total, com vencimento em 2013; e R$1211,7 bilhões, 66,1% do total, vencendo a partir de janeiro de 2014.
Em maio a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$4,7 bilhões. O resultado dessas operações (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$526 milhões, no conceito caixa, valor contemplado na apuração das necessidades de financiamento do setor público.
Dívida líquida do setor público
A dívida líquida do setor público atingiu R$1.492,2 bilhões (35% do PIB) em maio, reduzindo-se 0,7 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. A desvalorização cambial de 6,9% no mês foi responsável por redução de R$42,2 bilhões (1 p.p. do PIB) na DLSP.
No ano, a relação DLSP/PIB reduziu-se 1,4 p.p. O superávit primário contribuiu com 1,5 p.p. do PIB para essa redução; o efeito do crescimento do PIB corrente, com 1,1 p.p.; e a desvalorização cambial de 7,8% registrada no ano, com 1,2 p.p. Em sentido contrário, a apropriação de juros nominais contribuiu com 2,2 p.p. do PIB para elevar aquela relação, e o ajuste de paridade da cesta de moeda que compõem a dívida externa líquida, com 0,1 p.p.
A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$2.425,8 bilhões (56,9% do PIB) em maio, elevando-se 0,1 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
Fonte: Banco Central do Brasil
Assessoria de Imprensa