O governo brasileiro está aprendendo a conviver com a crise financeira internacional e, na medida em que conseguir reduzir a carga tributária, reforçará a confiança dos empresários no sentido da retomada dos investimentos.
A opinião é de Ernane Galvêas, ex-ministro da Fazenda e consultor Econômico da CNC, externada na Síntese da Conjuntura, publicação quinzenal que aborda a evolução da conjuntura econômica brasileira, examinando os resultados sob o ângulo dos interesses do setor empresarial privado. “O governo federal conseguiu uma providencial desvalorização da taxa de câmbio e promoveu uma corajosa redução da taxa básica de juros”, escreve.
Galvêas aponta, ainda, que estão ganhando peso as estimativas de que o PIB brasileiro em 2012 ficará abaixo de 2,0%, fator que não chega a ser uma catástrofe, considerando-se o cenário mundial. “Com exceção da China e da Índia, o mundo todo está em virtual recessão. A Europa ainda está longe de recuperação, e os Estados Unidos, com crescimento pífio e alta taxa de desemprego”, exemplifica. Para o consultor da CNC, perdura uma grande preocupação quanto aos desacertos e à intranquilidade no setor político: “Esse é o grande entrave nacional”.
Fonte: Ascom/CNC
