Valor da folha de pagamento real na indústria cresce 2,5% em junho

Em junho de 2012, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente avançou 2,5% frente a maio, após registrar taxas negativas por três meses consecutivos, acumulando nesse período perda de 3,4%. O índice de média móvel trimestral mostrou variação negativa de 0,1% entre os trimestres encerrados em maio e junho, após assinalar queda de 1,1% no mês anterior. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real recuou 1,2% no segundo trimestre de 2012, revertendo a expansão de 4,6% verificada nos três primeiros meses do ano.

No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 3,7% em junho de 2012, trigésimo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. Nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, observou-se expansão tanto no fechamento do segundo trimestre do ano (3,1%), como no índice acumulado nos seis primeiros meses de 2012 (3,8%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 3,5% em junho de 2012, repetiu o resultado do mês anterior e prosseguiu com a redução no ritmo de crescimento iniciada em maio de 2011 (7,3%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real apontou expansão de 3,7% em junho de 2012, com resultados positivos nos quatorze locais investigados. As maiores influências sobre o total nacional foram verificadas em São Paulo (2,7%), Minas Gerais (7,3%) e Paraná (7,9%), impulsionadas em grande parte pelo aumento no valor da folha de pagamento real nos setores de meios de transporte (15,2%), máquinas e equipamentos (4,5%) e produtos químicos (5,8%), no primeiro local, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (26,0%), indústrias extrativas (16,7%), máquinas e equipamentos (12,0%) e meios de transporte (3,9%), no segundo, e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (47,0%), alimentos e bebidas (8,6%) e meios de transporte (8,9%), no último. Vale citar também os avanços verificados no Rio de Janeiro (5,4%), Região Nordeste (3,5%), Região Norte e Centro-Oeste (3,0%) e Rio Grande do Sul (2,7%). Nestes locais, as atividades que mais contribuíram positivamente para o aumento do valor da folha de pagamento real foram: indústrias extrativas (6,6%) e máquinas e equipamentos (19,2%), no setor industrial fluminense; alimentos e bebidas (5,8%), produtos químicos (8,2%), indústrias extrativas (5,6%) e minerais não metálicos (8,6%), na indústria nordestina; alimentos e bebidas (9,8%) e indústrias extrativas (14,5%), na Região Norte e Centro-Oeste; e máquinas e equipamentos (12,9%), no setor industrial gaúcho.

Setorialmente, ainda no índice mensal de junho de 2012, o valor da folha de pagamento real no total do país cresceu em onze dos dezoito setores investigados, com destaque para meios de transporte (10,1%), máquinas e equipamentos (6,7%), alimentos e bebidas (3,3%), indústrias extrativas (9,2%), produtos químicos (5,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (5,0%), minerais não metálicos (3,6%) e borracha e plástico (1,8%). Por outro lado, os setores de vestuário (-4,6%), calçados e couro (-4,1%), têxtil (-2,5%) e de madeira (-4,9%) exerceram os maiores impactos negativos sobre o total da indústria.

Na análise trimestral, o valor da folha de pagamento real, ao avançar 3,1% no segundo trimestre de 2012, manteve a sequência de resultados positivos iniciada no primeiro trimestre de 2010 (3,1%), mas apontou ritmo de crescimento abaixo do assinalado nos três primeiros meses do ano (4,5%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. Este movimento de redução no dinamismo do valor da folha de pagamento real entre o primeiro e segundo trimestres de 2012 ocorreu em dez das dezoito atividades, com destaque para alimentos e bebidas (de 10,6% para 4,5%), indústrias extrativas (de 17,5% para 10,5%) e meios de transporte (de 4,8% para 1,4%). Já entre os onze locais que desaceleraram entre esses dois períodos destacaram-se Pernambuco (de 10,7% para 5,7%), Região Norte e Centro-Oeste (de 8,8% para 4,8%), Paraná (de 12,2% para 8,5%) e Bahia (de 6,5% para 3,5%).

No indicador acumulado nos seis primeiros meses de 2012 o valor da folha de pagamento real cresceu 3,8%, com taxas positivas em todos os quatorze locais investigados, com destaque para Minas Gerais (8,2%) e Paraná (10,3%), sustentados em grande parte pelos ganhos assinalados nos setores extrativos (22,8%), de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (14,3%), de meios de transporte (5,3%), de alimentos e bebidas (5,9%) e de minerais não metálicos (13,1%), no primeiro local, e de alimentos e bebidas (14,0%), meios de transporte (14,6%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (40,0%), no segundo. Vale mencionar também as contribuições vindas da Região Nordeste (5,9%), Rio de Janeiro (6,8%), Região Norte e Centro-Oeste (6,8%), Rio Grande do Sul (4,0%) e Santa Catarina (3,6%). Nestes locais, as atividades que mais influenciaram positivamente foram, respectivamente, alimentos e bebidas (8,5%), produtos químicos (11,3%) e indústrias extrativas (7,7%); indústrias extrativas (11,3%) e meios de transporte (6,9%); alimentos e bebidas (12,8%) e indústrias extrativas (19,9%); máquinas e equipamentos (8,6%), meios de transporte (9,1%) e alimentos e bebidas (4,8%); e máquinas e equipamentos (11,7%) e alimentos e bebidas (8,3%).

Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real avançou em treze das dezoito atividades pesquisadas, impulsionado, principalmente, pelos ganhos vindos de alimentos e bebidas (7,5%), indústrias extrativas (14,4%), máquinas e equipamentos (7,6%), meios de transporte (3,1%), minerais não metálicos (4,9%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,7%). Por outro lado, os setores de vestuário (-3,0%), calçados e couro (-3,5%) e de madeira (-5,1%) exerceram as maiores influências negativas sobre o total nacional.

Fonte: Comunicação Social IBGE
10 de agosto de 2012